segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

DA CONVERSAÇÃO A CARIDADE DESCONHECIDA

A conversação em casa de Pedro versava, nessa noite, sobre a prática do bem,
com a viva colaboração verbal de todos.
Como expressar a compaixão, sem dinheiro? Por que meios incentivar a
beneficência, sem recursos monetários?
Com essas interrogativas, grandes nomes da fortuna material eram invocados e
a maioria inclinava-se a admitir que somente os poderosos da Terra se encontravam à
altura de estimular a piedade ativa, quando o Mestre interferiu, opinando, bondoso:
— Um sincero devoto da Lei foi exortado por determinações do Céu ao exercício
da beneficência; entretanto, vivia em pobreza extrema e não podia, de modo algum,
retirar a mínima parcela de seu salário para o socorro aos semelhantes.
Em verdade, dava de si mesmo, quanto possível, em boas palavras e gestos
pessoais de conforto e estímulo a quantos se achavam em sofrimento e dificuldade;
porém, magoava-lhe o coração a impossibilidade de distribuir agasalho e pão com os
andrajosos e famintos à margem de sua estrada.
Rodeado de filhinhos pequeninos, era escravo do lar que lhe absorvia o suor.
Reconheceu, todavia, que, se lhe era vedado o esforço na caridade pública,
podia perfeitamente guerrear o mal, em todas as circunstâncias de sua marcha pela
Terra.
Assim é que passou a extinguir, com incessante atenção, todos os pensamentos
inferiores que lhe eram sugeridos; quando em contacto com pessoas interessadas na
maledicência, retraía-se, cortês, e, em respondendo a alguma interpelação direta,
recordava essa ou aquela pequena virtude da vítima ausente; se alguém, diante dele,
dava pasto à cólera fácil, considerava a ira como enfermidade digna de tratamento e
recolhia-se à quietude; insultos alheios batiam-lhe no espírito à maneira de calhaus em
barril de mel, porquanto, além de não reagir, prosseguia tratando o ofensor com a
fraternidade habitual; a calúnia não encontrava acesso em sua alma, de vez que toda
denúncia torpe se perdia, inútil, em seu grande silêncio; reparando ameaças sobre a
tranqüilidade de alguém, tentava desfazer as nuvens da incompreensão, sem alarde,
antes que assumissem feição tempestuosa; se alguma sentença condenatória bailava em
torno do próximo, mobilizava, espontâneo, todas as possibilidades ao seu alcance na
defesa delicada e imperceptível; seu zelo contra a incursão e a extensão do mal era tão
fortemente minucioso que chegava a retirar detritos e pedras da via pública, para que
não oferecessem perigo aos transeuntes.
Adotando essas diretrizes, chegou ao termo da jornada humana, incapaz de
atender às sugestões da beneficência que o mundo conhece. Jamais pudera estender
uma tigela de sopa ou ofertar uma pele de carneiro aos irmãos necessitados.
Nessa posição, a morte buscou-o ao tribunal divino, onde o servidor humilde
compareceu receoso e desalentado.
Temia o julgamento das autoridades celestes, quando, de improviso, foi
aureolado por brilhante diadema, e, porque indagasse, em lágrimas, a razão do
inesperado prêmio, foi informado de que a sublime recompensa se referia à sua
triunfante posição na guerra contra o mal, em que se fizera valoroso empreiteiro.
Fixou o Mestre nos aprendizes o olhar percuciente e calmo e concluiu, em tom
amigo:
— Distribuamos o pão e a cobertura, acendamos luz para a ignorância e
intensifiquemos a fraternidade aniquilando a discórdia, mas não nos esqueçamos do
combate metódico e sereno contra o mal, em esforço diário, convictos de que, nessa
batalha santificante, conquistaremos a divina coroa da caridade desconhecida.

Neio Lúcio

-*-
Triunfa, em qualquer lugar,
Quem conserva por dever
O hábito de calar
O que é preciso esquecer.

Marcelo Gama

-*-

A vida nas Leis da Vida,
Em tudo se mostrará,
Tirando o que se lhe tira,
Doando o que se lhe dá.

Silveira Sampaio

-*-
Sua conversação dirá das diretrizes que você escolheu na vida.

André Luiz


Do livro - Idéia e Ilustrações - Psicografia de Francisco Cândido Xavier
por Espíritos Diversos

sábado, 29 de janeiro de 2011

Amigo Ingrato

Causa-te surpresa o fato de ser o teu acusador de agora, o amigo aturdido de ontem, que um dia pediu-te abrigo ao coração gentil e ora não te concede ensejo, sequer, para esclarecimentos.

Despertas, espantado, ante a relação de impiedosas queixas que guardava de ti, ele que recebeu, dos teus lábios e da tua paciência, as excelentes lições de bondade e de sabedoria, com as quais cresceu emocional e culturalmente.

Percebes, acabrunhado, que as tuas palavras foram, pelo teu amigo, transformadas em relhos com os quais, neste momento, te rasga as carnes da alma, ele, que sempre se refugiou no teu conforto moral.

Reprocha-te a conduta, o companheiro que recebeste com carinho, sustentando-lhe a fragilidade e contornando as suas reações de temperamento agressivo.

Tornou-se, de um para outro momento, dono da verdade e chama-te mentiroso.

Ofereceste-lhe licor estimulante e recebes vinagre de volta.

Doaste-lhe coragem para a luta, e retribui-te com o desânimo para que fracasses.

Ele pretende as estrelas e empurra-te para o pântano.

Repleta-se de amor e descarrega bílis na tua memória, ameaçando-te sem palavras.

*

Não te desalentes!

O mundo é impermanente.

O afeto de hoje torna-se o adversário de amanhã.

As mãos que perfumas e beijas, serão, talvez, as que te esbofetearão, carregadas de urze.

*

Há mais crucificadores do que solidários na via de redenção.

Esquecem-se, os homens, do bem recebido, transformando-se em cobradores cruéis, sem possuírem qualquer crédito.

Talvez o teu amigo te inveje a paz, a irrestrita confiança em Deus, e, por isto, quer perturbar-te.

Persevera, tranqüilo!

Ele e isto, esta provação, passarão logo, menos o que és, o que faças.

Se erraste, e ele te azorraga, alegra-te, e resgata o teu equívoco.

Se estás inocente, credita-lhe as tuas dores atuais, que te aprimoram e te aproximam de Deus.

*

Não lhe guardes rancor.

Recorda que foi um amigo, quem traiu e acusou Jesus; outro amigo negou-O, três vezes consecutivas, e os demais amigos fugiram dEle.

Quase todos O abandonaram e O censuraram, tributando-Lhe a responsabilidade pelo medo e pelas dores que passaram a experimentar. Todavia, Ele não os censurou, não os abandonou e voltou a buscá-los, inspirá-los e conduzi-los de volta ao reino de Deus, por amá-los em demasia.

Assim, não te permitas afligir, nem perturbar pelas acusações do teu amigo, que está enfermo e não sabe, porque a ingratidão, a impiedade e a indiferença são psicopatologias muito graves no organismo social e humano da Terra dos nossos dias.

* * *

Franco, Divaldo Pereira. Da obra: Momentos de Felicidade.
Ditado pelo Espírito Joanna de Ângelis.
Salvador, BA: LEAL, 1990.

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

O culto cristão no lar


Povoara-se o firmamento de estrelas, dentro da noite prateada de luar, quando o Senhor,
instalado provisoriamente em casa de Pedro, tomou os Sagrados Escritos e, como se quisesse
imprimir novo rumo à conversação que se fizera improdutiva e menos edificante, falou com
bondade:
— Simão, que faz o pescador quando se dirige para o mercado com os frutos de cada
dia?
O apóstolo pensou alguns momentos e respondeu, hesitante:
— Mestre, naturalmente, escolhemos os peixes melhores. Ninguém compra os resíduos
da pesca.
Jesus sorriu e perguntou, de novo:
— E o oleiro? que faz para atender à tarefa a que se propõe?
— Certamente, Senhor — redargüiu o pescador, intrigado —, modela o barro, imprimindo-lhe a forma que deseja.
O Amigo Celeste, de olhar compassivo e fulgurante, insistiu:
— E como procede o carpinteiro para alcançar o trabalho que pretende?
O interlocutor, muito simples, informou sem vacilar:
— Lavrará a madeira, usará a enxó e o serrote, o martelo e o formão. De outro modo,
não aperfeiçoará a peça bruta.
Calou-se Jesus, por alguns instantes, e aduziu:
— Assim, também, é o lar diante do mundo. O berço doméstico é a primeira escola e o
primeiro templo da alma. A casa do homem é a legítima exportadora de caracteres para a vida
comum. Se o negociante seleciona a mercadoria, se o marceneiro não consegue fazer um barco
sem afeiçoar a madeira aos seus propósitos, como esperar uma comunidade segura e tranqüila
sem que o lar se aperfeiçoe? A paz do mundo começa sob as telhas a que nos acolhemos. Se
não aprendemos a viver em paz, entre quatro paredes, como aguardar a harmonia das nações?
Se nos não habituamos a amar o irmão pais próximo, associado à nossa luta de cada dia, como
respeitar o Eterno Pai que nos parece distante?
Jesus relanceou o olhar pela sala modesta, fez pequeno intervalo e continuou:
— Pedro, acendamos aqui, em torno de quantos nos procuram a assistência fraterna,
uma claridade nova. A mesa de tua casa é o lar de teu pão. Nela, recebes do Senhor o alimento
para cada dia. Por que não instalar, ao redor dela, a sementeira da felicidade e da paz na conversação e no pensamento? O Pai, que nos dá o trigo para o celeiro, através do solo, envia-nos
a luz através do Céu. Se a claridade é a expansão dos raios que a constituem, a fartura começa
no grão. Em razão disso, o Evangelho não foi iniciado sobre a multidão, mas, sim, no singelo
domicílio dos pastores e dos animais.
Simão Pedro fitou no Mestre os olhos humildes e lúcidos e, como não encontrasse palavras adequadas para explicar-se, murmurou, tímido:
— Mestre, seja feito como desejas.
Então Jesus, convidando os familiares do apóstolo à palestra edificante e à meditação elevada, desenrolou os escritos da sabedoria e abriu, na Terra, o primeiro culto cristão no lar.

Jesus no Lar Pelo Espírito de Neio Lúcio Franciso C Xavier

Da mesma forma que nos preocupamos em manter a segurança material do nosso lar, comprando trancas, alarmes modernos, câmeras, entre outras parafernálias, temos que ter a mesma preocupação quanto a segurança e equilibrio espiritual.
Criemos o hábito do Culto Cristão no Lar, transformemos nossa casa, melhorando as vibrações, as companhias, a responsabilidade é de cada um de nós.

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Amor Fraternal

"Permaneça o amor fraternal."
Paulo (Hebreus, 13:1)

As afeições familiares, os laços consangüíneos, as simpatias naturais podem ser manifestações muitos santas da alma, quando a criatura as eleva no altar do sentimento superior, contudo, é razoável que o espírito não venha a cair sob o peso das inclinações próprias.

O equilíbrio é a posição ideal.

Por demasia de cuidado, inúmeros pais prejudicam os filhos.

Por excesso de preocupações, muitos cônjuges descem às cavernas do desespero, defrontados pelos insaciáveis monstros do ciúme que lhes aniquilam a felicidade.

Em razão da invigilância, belas amizades terminam em abismo de sombra.

O apelo evangélico, por isto mesmo, reveste-se de imensa importância.

A fraternidade pura é o mais sublime dos sistemas de relações entre as almas.

O homem que se sente filho de Deus e sincero irmão das criaturas não é vítima dos fantasmas do despeito, da inveja, da ambição, da desconfiança. Os que se amam fraternalmente alegram-se com o júbilo dos companheiros; sentem-se felizes com a ventura que lhes visita os semelhantes.

Afeições violentas, comumente conhecidas na Terra, passam vulcânicas e inúteis.

Na teia das reencarnações, os títulos afetivos modificam-se constantemente. É que o amor fraternal, sublime e puro, representando o objetivo supremo do esforço de compreensão, é a luz imperecível que sobreviverá no caminho eterno.

* * *

Xavier, Francisco Cândido. Da obra: Pão Nosso.
Ditado pelo Espírito Emmanuel.
17a edição. Lição 141. Rio de Janeiro, RJ: FEB, 1996.

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

CURSOS OBRAS BÁSICAS

Tivemos, em vinte e quatro de janeiro, a primeira aula dos respectivos cursos das Obras Básicas. Nos cursos, conforme tem sido dito, temos a oportunidade de aprofundarmos questões, debatermos e buscarmos o convencimento a respeito do Espiritismo, além de termos a oportunidade de aproximarmos e conhecermos melhor os irmãos de doutrina que frequentam a mesma casa que nós, exercitando assim o ensinamento do Espitito da Verdade que nos orienta "amai-vos e instruí-vos".


Livro "O Céu e o Inferno"

Livro " O Evangelho Segundo Espiritismo"

Livro "A Gênese"


"Livro dos Médiuns"

"O Livro dos Espíritos"

Ainda dá tempo, não perca a oportunidade de frequentar um dos cursos das Obras Básica, lembrando que ocorrem toda segunda, de dezenove e trinta às vinte e uma e trinta, e que orientamos que o primeiro curso seja o do Livro dos Espíritos.

domingo, 23 de janeiro de 2011

MOCIDADE PROF LEOPOLDO MACHADO

No último dia dezesseis, retornaram as atividades da Mocidade Espírita Professor Leopoldo Machado, mesmo com algumas ausências os jovens retornaram com a "corda toda", com aquela energia própria da idade e organizando a festa de boas vindas, que ocorreu no dia vinte e três. Jovens a partir de doze anos, estão convidados a participar da Mocidade, que tem reuniões aos domingos, dezenove horas.


Integrantes da Mocidade durante o "bate-papo"



Descontração e alegria fazem parte do Espiritismo....

sábado, 22 de janeiro de 2011

A Galinha Afetuosa

Gentil galinha, cheia de instintos maternais, encontrou um ovo de regular tamanho e espal­mou as asas sobre ele, aquecendo-o carinhosa­mente. De quando em quando, beijava-o, enter­necida. Se saia a buscar alimento, voltava apressada, para que lhe não faltasse calor vitalizante. E pensava, garbosa: - "Será meu pintinho! será meu filho!"

Em formosa manhã de céu claro, notou que o filhotinho nascia, robusto.

Criou-o, com todos os cuidados. No entanto, em dourado crepúsculo de verão, viu-o fugir pelas águas de um lago, sobre as quais deslizava contente. Chamou-o, como louca, mas não obteve resposta. O bichinho era um pato arisco e fujão.

A galinha, desalentada por haver chocado um ovo que lhe não pertencia à família, voltou muito triste, ao velho poleiro; todavia, decorrido algum tempo e encontrando outro ovo, repetiu a experiência.

Nova criaturinha frágil veio à luz. Protegeu-a, com ternura, dedicou-se ao filho com todas as forças, mas, em breve, reparou que não era um pintainho qual fora, ela mesma, na infância. Tratava-se dum corvo esperto que a deixou em doloroso abatimento, voando a pleno céu, para juntar-se aos escuros bandos de aves iguais a ele.

A desventurada mãe sofreu muitíssimo. Entretanto, embora resolvida a viver só, foi surpreendida, certo dia, por outro ovo, de delicada feição. Recapítulou as esperanças maternas e chocou-o. Dentro em pouco, o filhote surgia. A galinha afagou-o, feliz, mas, com o transcurso de algumas semanas, observou que o filho já crescido perseguia ratos à sombra. Durante o dia, dava mostras de perturbado e cego; no entanto, em se fazendo a treva, exibia olhos coruscantes que a amedrontavam. Em noite mais escura, fugiu para uma torre muito alta e não mais voltou. Era uma coruja nova, sedenta de aventuras.

A abnegada mãe chorou amargamente. Porém, encontrando outro ovo, buscou ampará-lo. Aninhou-se, aqueceu-o e, findos trinta dias, veio à luz corpulento filhote. A galinha ajudou-o como pôde, mas, em breve, o filho revelou crescimento descomunal. Passou a mirá-la de alto a baixo. Fez-se superior e desconheceu-a. Era um pavãozinho orgulhoso que chegou mesmo a maltratá-la.

A carinhosa ave, dessa vez, desesperou em definitivo. Saiu do galinheiro gritando e dispunha-se a cair nas águas de rio próximo, em sinal de protesto contra o destino, quando grande galinha mais velha a abordou, curiosa, a indagar dos motivos que a segregavam em tamanha dor.

A mísera respondeu, historiando o próprio caso.

A irmã experiente estampou no olhar linda expressão de complacência e considerou, cacarejando:

- Que é isto, amiga? não desespere. A obra do mundo é de Deus, nosso Pai. Há ovos de gansos, perus, marrecos, andorinhas e até de sapos e serpentes, tanto quanto existem nossos próprios ovos. Continue chocando e ajudando em nome do Poder Criador; entretanto, não se prenda aos resultados do serviço que pertencem a Ele e não a nós, mesmo porque a escada para o Céu é infinita e os degraus são diferentes. Não podemos obrigar os outros a serem iguais a nós, mas é possível auxiliar a todos, de acordo com as nossas possibilidades. Entendeu?

A galinha sofredora aceitou o argumento, resignou-se e voltou, mais calma, ao grande parque avícola a que se filiava.

O caminho humano estende-se, repleto de dramas iguais a este. Temos filhos, irmãos e parentes diversos que de modo algum se afinam com as nossas tendências e sentimentos. Trazem consigo inibições e particularidades de outras vidas que não podemos eliminar de pronto. Estimaríamos que nos dessem compreensão e carinho, mas permanecem imantados a outras pessoas e situações, com as quais assumiram inadiáveis compromissos. De outras vezes, respiram noutros climas evolutivos.

Não nos aflijamos, porém.

A cada criatura pertence a claridade ou a sombra, a alegria ou a tristeza do degrau em que se colocou.

Amemos sem o egoísmo da posse e sem qual­quer propósito de recompensa, convencidos de que Deus fará o resto.

Xavier, Francisco Cândido. Da obra: Alvorada Cristã. Ditado pelo Espírito Neio Lúcio. FEB.

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

EM QUE PERSEVERAS?

"E perseveravam na doutrina dos apóstolos e na comunhão e no partir do pão e
nas orações." - (ATOS, 2:42.)
Observadores menos avisados pretendem encontrar inteira negação de
espiritualidade nos acontecimentos atuais do Planeta.
Acreditam que a época das revelações sublimes esteja morta, que as portas
celestiais permaneçam cerradas para sempre.
E comentam entusiasmados, como se divisassem um paraíso perdido, os
resplendores dos tempos apostólicos, quando um pugilo de cristãos renovou os
princípios seculares do mais poderoso império do mundo.
Asseveram muitos que o Céu estancou a fonte das dádivas, esquecendo-se de que
a generalidade dos crentes entorpeceu a capacidade de receber.
Onde a coragem que revestia corações humildes, à frente dos leões do circo? onde
a fé que punha afirmações imortais na boca ferida dos mártires anônimos? onde os sinais
públicos das vozes celestiais? onde os leprosos limpos e os cegos curados?
As oportunidades do Senhor continuam fluindo, incessantes, sobre a Terra.
A misericórdia do Pai não mudou.
A Providência Divina é invariável em todos os tempos.
A atitude dos cristãos, na atualidade, porém, é muito diferente. Raríssimos
perseveram na doutrina dos apóstolos, na comunhão com o Evangelho, no espírito de
fraternidade, nos serviços da fé viva. A maioria prefere os chamados "pontos de vista",
comunga com o personalismo destruidor, fortalece a raiz do egoísmo e raciocina sem
iluminação espiritual.
A Bondade do Senhor é constante e imperecível. Reparemos, pois, em que direção
somos perseverantes.
Antes de aplaudir os mais afoitos, procuremos saber se estamos com a
volubilidade dos homens ou com a imutabilidade do Cristo.

Livro: Vinha de Luz
Emmanuel / F.C. Xavier

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Aula Inaugural

No dia 17 de janeiro teve início os cursos das Obras Básicas.
A aula inaugural ficou por conta de nossa querida Maggie que brindou a todos com uma palestra sobre os Princípios do Espiritismo, abordando ainda as "coincidências" que nos conduzem a conhecer a Doutrina, mostrando que tais "coincidências" também estiveram presentes na vida do Codificador.
Após a palestra da Maggie, foram apresentados os facilitadores de cada livro, que falaram a respeito dos respectivos temas e metodologia.
Após pouco mais de duas horas, que para todos transcorreram sem que se percebesse, de tão agradável, mesmo com a Maggie acreditando que possa ter "assustado" algum dos presentes ao apontar as dificuldades, ficou para todos a vontade de se aprofundar e conhecer uma pouco mais da maravilhosa Doutrina Espírita.
Continua o convite para participar do curso das Obras Básicas, lembramos que não é cobrada nenhuma taxa, tendo apenas a orientação de iniciar pelo Livro dos Espíritos, com encontros sempre às segundas, de 19:30 às 21:30.


Reginaldo, facilitador do Evangelho Segundo o Espiritismo;

turmas dos cursos (1)

turmas dos cursos (2)

A partir da direita, Maggie, Adriano, Francisca e Henrique, facilitadores do Livro dos Médiuns, Livro dos Espíritos, O Céu e o Inferno e A Gênese, respectivamente.

sábado, 15 de janeiro de 2011

O BURRO DE CARGA

No tempo em que não havia automóveis, na cocheira de famoso palácio real um burro de carga curtia imensa amargura, em vista das pilhérias e remoques dos companheiros de apartamento.

Reparando-lhe o pelo maltratado, as fundas cicatrizes do lombo e a cabeça tristonha e humilde, aproximou-se formoso cavalo árabe, que se fizera detentor de muitos prêmios, e disse, orgulhoso:

- Triste sina a que recebeste! Não Invejas minha posição nas corridas? Sou acariciado por mãos de princesas e elogiado pela palavra dos reis!

- Pudera! - exclamou um potro de fina origem inglesa - como conseguirá um burro entender o brilho das apostas e o gosto da caça?

O infortunado animal recebia os sarcasmos, resignadamente.

Outro soberbo cavalo, de procedência húngara, entrou no assunto e comentou:

- Há dez anos, quando me ausentei de pastagem vizinha, vi este miserável sofrendo rudemente nas mãos de bruto amansador. É tão covarde que não chegava a reagir, nem mesmo com um coice. Não nasceu senão para carga e pancadas. É vergonhoso suportar-lhe a companhia.

Nisto, admirável jumento espanhol acercou-se do grupo, e acentuou sem piedade:

- Lastimo reconhecer neste burro um parente próximo. É animal desonrado, fraco, inútil... Não sabe viver senão sob pesadas disciplinas. Ignora o aprumo da dignidade pessoal e desconhece o amor-próprio. Aceito os deveres que me competem até o justo limite; mas, se me constrangem a ultrapassar as obrigações, recuso-me à obediência, pinoteio e sou capaz de matar.

As observações insultuosas não haviam terminado, quando o rei penetrou o recinto, em companhia do chefe das cavalariças.

- Preciso de um animal para serviço de grande responsabilidade - informou o monarca -, animal dócil e educado, que mereça absoluta confiança.

O empregado perguntou:

Não prefere o árabe, Majestade?

- Não, não - falou o soberano -, é muito altivo e só serve para corridas em festejos oficiais sem maior importância.

- Não quer o potro inglês?

- De modo algum. E’ muito irrequieto e não vai além das extravagâncias da caça.

- Não deseja o húngaro?

- Não, não. É bravio, sem qualquer educação. É apenas um pastor de rebanho.

- O jumento serviria? - insistiu o servidor atencioso.

- De maneira nenhum. É manhoso e não merece confiança.

Decorridos alguns instantes de silêncio, o soberano indagou:

- Onde está o meu burro de carga?

O chefe das cocheiras indicou-o, entre os demais.

O próprio rei puxou-o carinhosamente para fora, mandou ajaezá-lo com as armas resplandecentes de sua Casa e confiou-lhe o filho, ainda criança, para longa viagem.

Assim também acontece na vida. Em todas as ocasiões, temos sempre grande número de amigos, de conhecidos e companheiros, mas somente nos prestam serviços de utilidade real aqueles que já aprenderam a suportar, servir e sofrer, sem cogitar de si mesmos.

* * *

Xavier, Francisco Cândido. Da obra: Idéias e Ilustrações.
Ditado pelo Espírito Neio Lúcio.
2a edição. Rio de Janeiro, RJ: FEB, 1978.



sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

A ALMA TAMBÉM

Casas de saúde espalham-se em todas as direções com o objetivo de sanar as moléstias do corpo e não faltam enfermos que lhes ocupem as dependências.

Entretanto, as doenças da alma, não menos complexas, escapam aos exames habituais de laboratório e, por isso, ficam em nós, requisitando a medicação, aplicável apenas por nós mesmos.

Estimamos a imunização na patologia do corpo.

Será ela menos importante nos achaques do espírito?

Surpreendemos determinada verruga e recorremos, de imediato, à cirurgia plástica, frustrando calamidades orgânicas de extensão imprevisível.

Reconhecendo uma tendência menos feliz em nós próprios é preciso ponderar igualmente que o capricho de hoje não extirpado será hábito vicioso amanhã e talvez criminalidade em futuro breve.

Esmeramo-nos por livrar-nos da neurastenia capaz de esgotar-nos as forças.

Tratemos também de nossa afeição temperamental para que a impulsividade não nos induza à ira fulminatória.

Tonificamos o coração, corrigindo a pressão arterial ou ampliando os recursos das coronárias a fim de melhorar o padrão de longevidade. Apuremos, de igual modo, o sentimento para que emoções desregradas não nos precipitem nos desvãos passionais em que se aniquilam tantas vidas preciosas.

Requintamo-nos, como é justo, em assistência dentária na proteção indispensável.

Empenhemo-nos de semelhante maneira, na triagem do verbo para que a nossa palavra não se faça azorrague de sombra.

Defendemos o aparelho ocular contra a catarata e o glaucoma. Purifiquemos igualmente o modo de ver. Preservamos o engenho auditivo contra a surdez.

No mesmo passo, eduquemos o ouvido para que aprendamos a escutar ajudando.

A Doutrina Espírita é instituto de redenção do ser para a vida triunfante. A morte não existe.

Somos criaturas eternas. Se o corpo, em verdade, não prescinde de remédio, a alma também.

* * *

André Luiz

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

A BENÇÃO DO TRABALHO

É pela bênção do trabalho que podemos esquecer os pensamentos que nos perturbam, olvidar os assuntos amargos, servindo ao próximo, no enriquecimento de nós mesmos.

Com o trabalho, melhoramos nossa casa e engrandecemos o trecho de terra onde a Providência Divina nos situou.

Ocupando a mente, o coração e os braços nas tarefas do bem, exemplificamos a verdadeira fraternidade e adquirimos o tesouro da simpatia, com o qual angariaremos o respeito e a cooperação dos outros.

Quem não sabe ser útil não corresponde à Bondade do Céu, não atende aos seus justos deveres para com a humanidade e nem retribui a dignidade da pátria amorosa que lhe serve de mãe.

O trabalho é uma instituição de Deus.

SENDA DE PERFEIÇÃO

Quem move as mãos no serviço,
Foge à treva e à tentação.
Trabalho de cada dia
É senda de perfeição.

* * *

Meimei

(Mensagem do livro "Pai Nosso", recebida pelo médium Francisco Cândido Xavier - Edição FEB.)


segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Jovens


No estudo das idéias inatas, pensemos nos jovens, que somam às tendências do passado as experiências recém-adquiridas.

Com exceção daqueles que renasceram submetidos à observação da patologia mental, todos vieram da estação infantil para o desempenho de nobre destino.

Entretanto, quantas ansiedades e quantas flagelações quase todos padecem, antes de se firmarem no porto seguro do dever a cumprir!...

Ao mapa de orientação respeitável que trazem das Esferas Superiores, a transparecer-lhes do sentimento, na forma de entusiasmos e sonhos juvenis, misturam-se as deformações da realidade terrestre que neles espera a redenção do futuro.

Muitos saem da meninice moralmente mutilados pelas mãos mercenárias a que foram confiados no berço, e outros tantos acordam no labirinto dos exemplos lamentáveis, partidos daqueles mesmos de quem contavam colher as diretrizes do aprimoramento interior.

Muitos são arremessados aos problemas da orfandade, quando mais necessitavam de apoio amigo, junto de outros que transitam na Terra, à feição das aves de ninho desfeito, largados, sem rumo, à tempestade das paixões subalternas.

Alguns deles, revoltados contra o lodo que se lhes atira à esperança, descem aos mais sombrios volutabros do crime, enquanto outros muitos, fatigados de miséria, se refugiam em prostíbulos dourados para morrerem na condição de náufragos da noite.

Pede-se-lhes o porvir, e arruína-se-lhes o presente.

Engrinalda-se-lhes a forma, e perverte-se-lhes a consciência.

Ensina-se-lhes o verbo aprimorado em lavor acadêmico, e dá-se-lhes na intimidade a palavra degradada em baixo calão.

Ergue-se-lhes o ideal à beleza da virtude, e zomba- se deles toda vez que não se revelem por tipos acabados de animalidade inferior.

Fala-se-lhes de glorificação do caráter, e afoga- -se-lhes a alma no delírio do álcool ou na frustração dos entorpecentes.

Administra-se-lhes abandono, e critica-se-lhes a conduta.

Não condenes a mocidade, sempre que a vejas dementada ou inconseqüente.

Cada menino e moço no mundo é um plano da Sabedoria Divina para serviço à Humanidade, e todo menino e moço transviado é um plano da Sabedoria Divina que a Humanidade corrompeu ou deslustrou.

Recebamos os jovens de qualquer procedência por nossos próprios filhos, estimulando neles o amor ao trabalho e a iniciativa da educação.

Diante de todos os que começam a luta, a senha será sempre - "velar e compreender" -, a fim de que saibamos semear e construir, porque, em todos os tempos, onde a juventude é desamparada, a vida perece.

Xavier, Francisco Cândido. Da obra: Religião dos espíritos. Ditado pelo Espírito Emmanuel. 20 edição. (Questão 218 de O Livro dos Espíritos.). Rio de Janeiro. FEB.


No próximo Domingo, dia 16 de janeiro, retornam as atividades da Mocidade Espírita Leopoldo Machado,

às 19:00 horas, para jovens de 12 a 21 anos.

domingo, 9 de janeiro de 2011

Vida e Valores (O livre-arbítrio)



Às vezes, conversando com pessoas amigas, dizem-me que uma das coisas que elas não conseguem entender, na Lei de Deus, é o livre-arbítrio que Deus nos deu. Porque se Deus não nos houvesse dado o livre-arbítrio, nós não erraríamos, nós faríamos tudo certinho.

E óbvio que podemos pensar que se Deus não nos houvesse dado o livre-arbítrio, não seríamos nós que agiríamos, seria Deus agindo sobre nós.

Não seríamos esses indivíduos independentes que somos, estaríamos no estágio ainda dos irracionais. Na vida dos irracionais não existe esse nível de livre-arbítrio como encontramos entre os humanos.

Os animais têm livre-arbítrio sim, mas, dentro de uma esfera bastante limitada, que é a esfera dos seus instintos.

O animal pode decidir se ele quer comer ou se ele não quer comer. Muitas vezes colocamos alimento para ele, ele cheira e vai embora, ele não quer. Outras vezes, não lhe estamos dando alimento e ele salta em nossas mãos para tirar o que carregamos.

Ele tem liberdade de deitar, de correr atrás dos carros, atrás de outros animais, de esconder-se, de brincar com os outros animais ou com as criaturas humanas. Então, os animais têm livre-arbítrio. Quando eles não querem, eles rosnam, se recusam, se ocultam.

Então percebemos que existe, na criatura humana, um nível de discernimento que o irracional não tem.

Nós somos chamados de animais racionais por uma peculiaridade que a evolução nos concedeu e que há de conceder a outros seres espirituais que avançam na carreira para Deus.

Somos capazes de juntar os pensamentos, de relacionar pensamentos e épocas, de tirar ilações sobre esses pensamentos e épocas e isso nos dá o caráter de racionalidade.

Podemos dizer que, neste ano, nesta época em que estamos, o clima está diferente do mesmo período do ano passado. Relacionamos épocas, relacionamos coisas, o clima.

Podemos dizer que este ano não comeremos tanto no aniversário do familiar como comemos no ano passado ou poderemos dizer: No próximo ano, eu quererei ser tão feliz como estou sendo neste ano.

Vejamos que o ser humano é capaz de correlacionar episódios, de correlacionar coisas, épocas e sacar consequências.

Se, no próximo ano chover como choveu agora, teremos uma produção maravilhosa, uma safra excelente. Se, no próximo ano houver seca, perderemos toda a produção.

Vemos que a mente humana é capaz de ir e de vir, de relacionar as épocas, os episódios, os fatos. Os irracionais não, os irracionais agem sempre da mesma maneira.

Olhamos a casa do João-de-barro. É sempre construída do mesmo modo. Olhamos como funcionam os cardumes. Sempre do mesmo modo. Como se comportam as matilhas? Do mesmo modo.

Verificamos que os irracionais são regidos por uma Lei, por uma determinação Divina que os faz agir devidamente.

Não se pode dizer que os animais agem corretamente porque este conceito de certo e de errado, de correção, de incorreção, só se dá, só aparece nas criaturas morais e as criaturas morais na Terra, somos nós, os seres humanos.

Os animais agem pelo instinto e esse instinto é a inteligência que a Divindade lhes deu, de que a Divindade os dotou para que eles possam se defender em a natureza, possam se alimentar, reproduzir, viver com a mínima segurança num lugar inóspito, num lugar onde haja predadores.

Daí percebermos que temos muita coisa a tirar da nossa liberdade, do nosso livre-arbítrio.

Arbítrio significa vontade. Eu tenho um arbítrio. Quando exorbito na minha vontade, sou chamado de uma pessoa arbitrária, que eu fiz a minha vontade suplantar as vontades alheias. Serei arbitrário, terei usado mal meu livre-arbítrio.

* * *

Enquanto verificamos o uso da nossa vontade, para que não sejamos pessoas arbitrárias, pessoas que impõem a sua vontade aos outros, nos damos conta de que o outro aspecto da expressão há liberdade, tem duas conotações.

Poderemos viver uma liberdade social. Eu vou para onde eu quero, faço como eu quero, moro onde eu gosto e posso pagar.

Mas temos uma liberdade interior, que é aquela condição em que eu não me envergonho de mim mesmo, não tenho vergonha dos meus atos. Posso, como lembrou o argentino José Ingenieros, olhar para trás sem ter remorsos. Esse é um estágio de liberdade que deve ser buscado por nós.

Muitas vezes, blasonamos essa liberdade de que usufruímos, mas somos realmente escravizados aos nossos vícios, às nossas manias, às nossas incapacidades.

Quantas são as pessoas que se dizem livres mas não conseguem se libertar, por exemplo, do tabagismo.

E porque não conseguem se libertar de cem milímetros King Size, elas não são livres, são escravas do tabaco, escravas do seu vício e, como consequência, dos problemas de toda ordem que a nicotina, o alcatrão e mais centenas de subprodutos do tabaco são capazes de produzir, até ao enfisema pulmonar, aos cânceres e outras coisas.

Há outros que afirmam ser livres mas não conseguem se libertar do alcoolismo. O etilismo faz com que sejam pessoas vira-folhas. Quando estão sóbrias agem de um jeito, quando ingerem alcoólicos ficam transtornadas.

Elas são livres socialmente para beber mas são escravas da bebida de que se utilizam.

Há outros que afirmam ser livres para viver o sexo e o querem cada vez mais liberadamente, mas são incapazes de assumir as responsabilidades decorrentes do uso da sexualidade.

Se a companheira, por exemplo, no caso do homem, engravidar, a providência mais fácil será abortar.

Muitas vezes a mulher, que se afirma livre na mesma contingência da sexualidade, se se descobrir grávida, tomará a grande providência de abortar.

É obvio que há exceções e exceções notáveis e felizes, indivíduos que assumem as consequências dos seus atos. Mas, muitas vezes complicaram a vida, criaram situações desnecessariamente negativas, complicadoras mesmo para seus passos no mundo.

Não foi à toa que Jesus Cristo estabeleceu: Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará.

Todas as vezes que estivermos lidando com uma verdade qualquer que seja, essa verdade tem que ter o poder, o condão de nos libertar de nossas limitações, de nossas dificuldades, de nossas asperezas, de nossos vícios, de todas as danações que nos desregulam a alma.

Do contrário, não poderemos dizer que isso seja verdade ou, se for verdade, não conseguimos com ela encontrar a propalada liberdade.

O Apóstolo Paulo afirma que onde estiver o Espírito do Senhor, aí estará a liberdade. Onde estiver o Espírito do Senhor.

O Espírito do Senhor é essa impulsão da alma, é essa inspiração superior que nos leva a agir no bem, a desejar o bem sob qualquer ângulo em que ele esteja sendo considerado.

Por causa disso, onde estivermos vivendo de acordo com as Leis da consciência, fazendo aquilo que a consciência nos recomenda, ainda que não seja o mais agradável socialmente, ainda que disso não conquistemos aplausos do mundo, estaremos em paz interior, estaremos livres.

Olharemos dentro dos olhos das pessoas sem nos envergonharmos, falaremos de viva voz as coisas, sem nos sentirmos intimidados pela incapacidade moral. Essa é a liberdade de dentro, mais importante para nós do que propriamente a liberdade de fora.

Não esqueçamos de que quando Sócrates, o grande filósofo da Grécia, esteve detido até ser condenado a beber cicuta, um dos seus discípulos lamentava o fato de ele estar preso e ele asseverou que não. O corpo estava detido mas sua alma voava através dos grandes céus do pensamento.

Transcrição do Programa Vida e Valores, de número 201, apresentado por Raul Teixeira, sob coordenação da Federação Espírita do Paraná.

Programa gravado em agosto de 2009.

Exibido pela NET, Canal 20, Curitiba, no dia 18.07.2010.

Em 16.11.2010.

sábado, 8 de janeiro de 2011

O tormento do egoísmo



Desde o momento da fissão do Self com o ego, que o eixo do equilíbrio ficou fragmentado.

O esforço de crescimento intelecto-moral do ser humano deve ser o logro da perfeita identificação desses dois arquétipos com a sua consequente fusão harmônica proporcionadora do equilíbrio emocional.

Infelizmente, porém, remanescendo os instintos agressivos em predomínio na psique humana, o ego assume a diretriz do comportamento, trazendo sempre à tona os conflitos de insegurança, de insatisfação, de morbidez, que são decorrência dos períodos ancestrais percorridos antes do surgimento das emoções superiores.

Em razão dessa governança perturbadora o ego está sempre vigilante e dominador, em luta contínua para manter-se, dominado pelo medo de perder a posição de que desfruta.

Disfarçando-se com habilidade, torna-se agressivo, porque é receoso, exibe as qualidades que não possui, exatamente para superar o complexo de inferioridade para voos mais altos no conhecimento e na emoção, atribuindo-se direitos e privilégios que teme lhe sejam retirados, pouco, no entanto, preocupando-se com os deveres que lhe dizem respeito.

É o ego que se cerca de presunção e de avareza, de ciúme e de desfaçatez, de suspeitas constantes e de censuras aos outros, de forma que não se torne conhecido, permanecendo na obscuridade dos seus propósitos enfermiços.

Pode manifestar-se gentil com certa autenticidade, ocultando, porém, interesses mesquinhos, quais os de autopromoção e de exibicionismo, reagindo sempre quando não recebendo a resposta a que aspira nas suas artimanhas. Faz-se, então, adversário soez e persistente de todos aqueles que lhe não concedem o valor que se atribui, podendo tornar-se violento e insano.

Identificado, logo se permite exteriorizar todas as mazelas que lhe são peculiares, tecendo redes de intrigas, fomentando a maledicência, pugnando pela divisão dos grupos, quando então mais fácil se lhe torna o domínio.

O egoísmo é virose perigosa que ataca a sociedade contemporânea, qual ocorreu em todas as épocas da história da humanidade.

Combatido pela ética e pela moral, tem sido motivo de cuidados especiais por todas as doutrinas religiosas, especialmente pelo Cristianismo, que nele encontra um perverso adversário da solidariedade, do amor e da lídima caridade.

O Espiritismo, na sua condição de restaurador do pensamento de Jesus, tem, no egoísmo, a condição de bafio pestilencial, que necessita de terapia preventiva muito bem elaborada e tratamento persistente depois que se encontra instalado.

Não ceder-se espaço ao egoísmo, sob qualquer forma em que se manifeste, deve ser a atitude do cristão sincero, do espírita consciente das suas responsabilidades.

Evitar agasalhá-lo em qualquer dos seus disfarces, é uma forma segura de precatar-se da sua vigorosa constrição.

Não foram poucos os missionários do bem que se permitiram tombar nas artimanhas nefastas do egoísmo, conforme hoje sucede em todos os segmentos da sociedade.

O altruísmo, que lhe é oposto, constitui-lhe estímulo vigoroso para a união do eixo psicológico fragmentado, fazendo que o bem e o mal encontrem a emoção comum do amor que lhes é a meta a conquistar.

* * *

Das nascentes do ser brotam as emoções, a princípio violentas, como resultado das experiências afligentes, tornando-se, a pouco e pouco, equilibradas e propiciadoras de felicidade.

Na razão direta em que o Espírito desabrocha a consciência e a perfeita lucidez em torno dos objetivos essenciais da sua existência na Terra, o egoísmo vai-se diluindo e cedendo lugar à solidariedade, por facultar a vivência das emoções mais elevadas, aquelas que santificam o ser no exercício da lídima caridade.

Passa a reconhecer o seu real valor de aprendiz da vida, facultando-se a solidariedade de que necessita, a fim de mais amplamente penetrar nas razões profundas do existir.

Não se jacta, nem se subestima, permanecendo identificado com a realidade que o cerca e procurando alcançar os patamares mais nobres da evolução.

A humildade surge-lhe naturalmente enquanto compreende a grandeza da vida e o seu papel de cooperador na obra magnífica da Criação.

A alegria de viver adorna-o, dando-lhe um suave encantamento em tudo quanto faz e sente, porque se reconhece membro efetivo do conjunto universal.

Enquanto se atormenta nas sensações do medo, da incerteza e das suspeitas, a prepotência alucina-o, porém, quando percebe que a sua segurança encontra-se no ser e não no poder, nos valores internos e não nas aquisições de fora, passa automaticamente para os comportamentos pacíficos e pacificadores.

Colocando-se a serviço do Bem, é dúctil à verdade e ao dever, não elegendo postos nem lugares de destaque, mas dispondo-se a trabalhar em qualquer setor em que seja colocado, aí dando mostras da felicidade de produzir.

Jesus, na carpintaria de Seu pai, aprendeu o ofício modesto e o exerceu, quando era possuidor do conhecimento universal.

Podendo expressar a Sua mensagem com o verbo profundo e complexo que decifrasse os enigmas do universo, optou pela singeleza e poesia da linguagem do povo modesto, compondo poemas insuperáveis com os grãos de mostarda, peixes e pães, semeadura e sega, redes e moedas, ovelhas e azeite, ultrapassando todos os pensadores do passado e mesmo do futuro.

Ninguém falou com a destreza e magia com que Ele narrou as maravilhas do Seu reino, estimulou os alquebrados a levantar-se e prosseguir, amparou os tíbios e os fortaleceu, recuperou os perdidos e mortos, dando-lhes significados existenciais.

Enfrentou o farisaísmo com sabedoria, mas sem presunção, embaraçou os jactanciosos não os humilhando, e pairou acima do biótipo comum pela grandeza de que era portador, não em decorrência de homenagens e honrarias mentirosas.

Recebeu com naturalidade o carinho e o destaque merecido, através das lágrimas de uma mulher recuperada do processo obsessivo e destacou que, naquele gesto, ela o embalsamava por antecipação...

A honraria foi maior para aquela que lhe beijou e ungiu com perfume os pés do que Ele próprio...

...E, no entanto, é o Rei Solar!

* * *

Recorda-te que a pérola pálida e preciosa é uma defesa do organismo da ostra à agressividade do grão de areia no seu organismo. Silenciosa e continuamente, o animálculo envolve o invasor na exsudação da sua mucosa ferida e abençoa-o com deslumbrante beleza.

A humildade realiza o mesmo, quando o egoísmo tenta espezinhá-la, submetê-la e destruí-la.

Examina as nascentes da alma e extirpa o egoísmo no seu nascedouro, trabalhando sem cansaço pela tua ascensão na obra de amor que tens pela frente, mantendo-te altruísta e solidário em tudo.

Com esse poder defluente do esforço de ser melhor, alcançarás a emoção afetuosa da alegria de autossuperação das tendências infelizes, logrando as bênçãos da verdadeira fraternidade.

Joanna de Ângelis.

Psicografia de Divaldo Pereira Franco, na noite de 9 de julho de 2010, em Moscou, Rússia.

Em 13.12.2010.

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Cursos 2011

No próximo dia 17 de janeiro, terão início os cursos sobre as Obras Básicas oferecido pela Fraternidade Oficina do Amor. Os cursos ocorrem toda segunda-feira, com início às 19:30 e término às 21:30, não havendo cobrança de qualquer taxa, sendo recomendado que se inicie pelo curso do Livro dos Espíritos.

Segue a programação de cada curso.

CURSO DO LIVRO DOS ESPÍRITOS - 2011
DIA ASSUNTO
17-Jan Aula Inaugural
24-Jan Aprsentação da Obra
31/Jan A Criação - A Matéria
07/Fev Os Seres-3 Reinos-Princípio Vital-Instinto(23apenasreferência)
14/Fev A Gênese - Aparecimento do Homem
21/Fev Espírito e Perispírito
28/Fev Mundo espiritual -Alma Animal
14/Mar Diferentes Ordens de Espíritos-Escala Espírita
21/Mar Progressão dos Espíritos-Anjos e Demônios
28/Mar O Criador - Deus
04/Abr O Passamento - O Morrer (958) apenas referência
11/Abr O Desencarnar - (Caso Dimas,156)
18/Abr O Estado do Espírito - Perturbação
25/Abr Ocupações e Missões dos Espíritos-Elementais
02/Mai Relacionamento entre os Espíritos
09/Mai Intervenção dos Espíritos c/os Homens
16/Mai Espíritos Protetores
23/Mai Influência dos Espíritos nas coisas da vida
30/Mai Aspectos Teóricos da Reencarnação
06/Jun Aspectos Teóricos da Reencarnação
13/Jun Aspectos Teóricos da Reencarnação
20/Jun Reencarnação-Prelúdio da Volta-Escolha Provas
27/Jun União Espírito/Corpo-Influência do Corpo/Esquecimento
04/Jul Infância - Filiação
11/Jul Loucura - Idiotismo-Faculdades morais e intelectuais
18/Jul Sono/Sonhos - Transmissão Pensamento
25/Jul Letargia - Êxtase - Sonambulismo
01/Ago Dupla Vista - Pressentimentos
08/Ago Pactos - Talismãs - Possessão
15/Ago Penas e Gozos Terrenos- Felicidade/Infelicidade
22/Ago Penas e Gozos Terrenos - Desgosto/Expiação
29/Ago Penas e Gozos Futuros
05/Set Penas e Gozos Futuros Expiação/Arrependimento
12/Set Lei Divina ou Natural
19/Set Lei de Adoração
26/Set Lei do Trabalho
03/Out Lei de Reprodução
10/Out Lei de Conservação
17/Out Lei de Destruição
24/Out Lei de Sociedade
31/Out Lei de Progresso
07/Nov Lei de Igualdade
14/Nov Lei de Liberdade
21/Nov Lei de Liberdade
28/Nov Lei de Justiça,Amor e Caridade
05/Dez Da Perfeição Moral
12/Dez Conclusão



CURSO DO CÉU E INFERNO - 2011
43 aulas Data Conteudo

17/Jan Aula Inaugural
Cap. I 24/Jan O porvir e o nada.
Cap. II 31/Jan Temor da Morte.
Cap. III 07/Fev O Céu
Cap. IV 14/Fev O Inferno
Cap. V 21/Fev O Purgatório
Cap. VI 28/Fev Doutrina das penas eternas
Cap. VII 14/Mar As penas futuras seg. o Espiritismo
Cap. VII 21/Mar As penas futuras seg. o Espiritismo
Cap. VII 28/Mar Os anjos. Os demônios.
Cap. VIII, IX 04/Abr Intervenção dos demônios
Cap. X 11/Abr Intervenção dos demônios
Cap. XI 18/Abr Da Proibição de evocar os mortos
Cap. I 25/Abr O Passamento
Cap. I 02/Mai O Passamento


Espíritos Felizes
Cap. II 09/Mai Sanson
Cap. II 16/Mai Samuel Filipe - Antoine Costeau - Dr. Vidigal
Cap. II 23/Mai Van Durst - Sixdeniers - Maurice Gontran
Cap. II 30/Mai Jobard - Jean Reynaud
Cap. II 06/Jun Dr. Demeure - Viúva Reynaud
Cap. II 13/Jun Bernardin - Condessa Paula - Médico russo
Cap. II 20/Jun Srta. Ema - Sra. Anais Gourdon - Vitor Lebufle


Espíritos Medianos
Cap. III 27/Jun Joseph Bré - Eric Stanislas -Helene Michel
Cap. III 04/Jul Sr. Cardon - Marquês St. Paul - Sra. Anna Bellevile


Espíritos Sofredores
Cap. IV 11/Jul O castigo - Novel -Auguste Michel
Cap. IV 18/Jul Esprobrações de um boêmio - Lisbeth - Principe Ouran
Cap. IV 25/Jul Pascal Lavis - Ferdinand Bertin - François Riquier
Cap. IV 01/Ago Claire


Suicidas
Cap. V 08/Ago Da Samaritana - Francois Simon Louvet
Cap. V 15/Ago O pai e o conscrito/Mãe e filho
Cap. V 22/Ago Duplo suicídio - Luis e a pespontadeira de botinas
Cap. V 29/Ago Um ateu - Felicien
Cap. V 05/Set Antoine Bell


Criminosos Arrependidos
Cap VI 12/Set Lemaire - Latour
Cap VI 19/Set Benoist - Verger
Cap VI 26/Set O espírito de Castelnaudary - Lappomeray


Espíritos Endurecidos
Cap. VII 03/Out Angele - Um espírito aborrecido
Cap. VII 10/Out A rainha de Oude - Xumene


Expiações Terrenas
Cap. VIII 17/Out Marcel - Charles de Saint G
Cap. VIII 24/Out Szymel Slyzgot - Max - Julienne - Marie
Cap. VIII 31/Out História de um criado - Adelaide - Marguerite Cosse
Cap. VIII 07/Nov Antonine B. - Letil - Um sábio ambicioso
Cap. VIII 21/Nov Calra Rivier - Anna Bitter
Cap. VIII 28/Nov Françoisa Vernhes - Joseph Maitre
CURSO DO EVANGELHO - 2011 ( 43 aulas )
17/Jan Aula Inaugural Capítulo Itens
24/Jan Objetivos. Controle do ensino. História. Precursores. Intr. I a IV
31/Jan Novo Testamento. Sinóticos. Parábolas. - -
07/Fev Não vim destruir a lei. I 1 a 2
14/Fev Não vim destruir a lei. I 3 a 11
21/Fev Meu reino não é deste mundo. II 1 a 8
28/Fev Há muitas moradas na casa de meu Pai. III 1 a 7
14/Mar Há muitas moradas na casa de meu Pai. III 8 a 19
21/Mar Ninguém poderá ver o reino de Deus se não nascer IV 1 a 17
28/Mar de novo. IV 18 a 26
04/Abr Bem-aventurados os aflitos. V 1 a 11
11/Abr Bem-aventurados os aflitos. V 12 a 17
18/Abr Bem-aventurados os aflitos. V 18 a 31
25/Abr O Cristo Consolador. VI 1 a 8
02/Mai Bem-aventurados os pobres de espírito. VII 1 a 13
09/Mai Bem-aventurados os que têm puro o coração. VIII 1 a 10
16/Mai Bem-aventurados os que têm puro o coração. VIII 11 a 21
23/Mai Bem-aventurados os que são brandos e pacíficos. IX 1 a 10
30/Mai Bem-aventurados os que são misericordiosos. X 1 a 13
06/Jun Bem-aventurados os que são misericordiosos. X 14 a 21
13/Jun Amar o próximo como a si mesmo. XI 1 a 15
20/Jun Amai os vossos inimigos. XII 1 a 16
27/Jun Não saiba a vossa mão esquerda o que dê a direita. XIII 1 a 10
04/Jul Não saiba a vossa mão esquerda o que dê a direita. XIII 11 a 20
11/Jul Honrai a vosso pai e a vossa mãe. XIV 1 a 9
18/Jul Fora da caridade não há salvação. XV 1 a 10
25/Jul Não se pode servir a Deus e a Mamom. XVI 1 a 15
01/Ago Sede perfeitos. XVII 1 a 6
08/Ago Sede perfeitos. XVII 7 a 11
15/Ago Muitos os chamados, poucos os escolhidos. XVIII 1 a 16
22/Ago A fé transporta montanhas. XIX 1 a 12
29/Ago Os trabalhadores da última hora. XX 1 a 5
05/Set Haverá falsos cristos e falsos profetas. XXI 1 a 11
12/Set Não separeis o que Deus juntou. XXII 1 a 5
19/Set Estranha moral. XXIII 1 a 18
26/Set Não ponhais a candeia debaixo do alqueire. XXIV 1 a 7
03/Out Não ponhais a candeia debaixo do alqueire. XXIV 8 a 19
10/Out Buscai e achareis. XXV 1 a 11
17/Out Daí gratuitamente o que gratuitamente recebestes. XXVI 1 a 10
24/Out Pedi e obtereis. XXVII 1 a 15
31/Out Pedi e obtereis. XXVII 16 a 23
07/Nov Coletânea de preces espíritas. XXVIII 1 a 2
21/Nov Coletânea de preces espíritas. XXVIII 3 a 84
28/Nov Revisão - -


CURSO DO LIVRO DOS MÉDIUNS - 2011
17/Jan Aula Inaugural Capítulo Itens




24/Jan Há Espíritos ? (Escala Espírita) 1 1 a 6
31/Jan Do Maravilhoso e Sobrenatural 2 7 a 17
07/Fev Do Método 3 18 a 35
14/Fev Dos Sistemas 4 36 a 51




21/Fev Das Manifestações Espíritas - Perispírito 1 52 a 59
28/Fev Das Manifestações Físicas - Como? 2+3 60 a 71
14/Mar Da Teoria das Manifestações Físicas 4 72 a 81
21/Mar Das Manifestações Físicas Espontâneas 5 82 a 95
28/Mar Manifestações Visuais 6 100 a 113
04/Abr Lugares Assombrados 9 132
11/Abr Fenômeno de Transporte 5 96 a 99
18/Abr Da Bicorporeidade e da Transfiguração 7 114 a 125
25/Abr Escrita Direta/Voz Direta 12 146 a 151+177
02/Mai Laboratorio do Mundo Invisível 8 126 a 131
09/Mai Sematoligia e Tiptologia / Psicografia 11 + 13 139a145 + 152a158
16/Mai Natureza das Comunicações e Moral dos Médiuns 10 133a138+ 195
23/Mai Dos Médiuns: Impres./Audientes/Falantes/Videntes 14 159 a 171
30/Mai Dos Médiuns: Sonambúlicos/Curadores 14 172 a 176
06/Jun Dos Médiuns Escreventes ou Psicógrafos 15 178 a 184
13/Jun Variedade dos Médiuns Escreventes 16 185 a 194
20/Jun Médiuns Imperfeitos X Bons médiuns 16 196 a 199
27/Jun Desenvolvimento da mediunidade 17 200 a 210
04/Jul Da Formação dos Médiuns 17 211 a 219
11/Jul Dos Inconvenientes e Perigos da Mediunidade 18 221 a 222
18/Jul Perda e Suspensão da Mediunidade 17 220
25/Jul Do Papel dos Médiuns nas Comunicações Espíritas 19 223 a 225
01/Ago Da Influência Moral dos Médiuns 20 226 a 230
08/Ago Da Influência do Mal - Da Mediunidade dos Animais 21+22 231 a 236
15/Ago Da Obsessão - Variedades 23 237 a 244
22/Ago Da Obsessão - Causas 23 245 a 248
29/Ago Da Obsessão - Cura 23 249 a 254
05/Set Da Identidade dos Espíritos 24 255 a 266
12/Set Da Identidade dos Espíritos 24 267 a 268
19/Set Das Evocações 25 269 a 273
26/Set Das Evocações 25 274 a 280
03/Out Das Evocações 25 281 a 285
10/Out Perguntas que se podem fazer aos Espíritos 26 286 a 291
17/Out Perguntas que se podem fazer aos Espíritos 26 292 a 296
24/Out Das Contradições e das Mistificações 27 297 a 303
31/Out Do Charlatanismo e do Embuste 28 304 a 323
07/Nov Das Reuniões e das Sociedades Espíritas 29 324 a 333
21/Nov Das Reuniões e das Sociedades Espíritas 29 334 a 350
28/Nov Regulamento Sociedade Parisiense Estudos Espíritas 30 -

CURSO A GÊNESE - 2011





AULA DATA cap CONTEÚDO - 40 aulas ITENS
1 17/Jan Aula Inaugural
A GÊNESE
2 24/Jan I Caráter da revelação espírita (1ª PARTE) 1-23
3 31/Jan I Caráter da revelação espírita (2ª PARTE) 24-40
4 07/Fev I Caráter da revelação espírita (3ª PARTE) 41-62
5 14/Fev II Deus (1ª PARTE) 1-19
6 21/Fev II Deus (2ª PARTE) 20-37
7 28/Fev III O bem e o mal 1-24
8 14/Mar IV Papel da Ciência na Gênese 1-17
9 21/Mar V Antigos e modernos sistemas do mundo 1-14
10 28/Mar VI Uranografia geral (1ª PARTE) 1-23
11 04/Abr VI Uranografia geral (2ª PARTE) 24-44
12 11/Abr VI Uranografia geral (3ª PARTE) 45-61
13 18/Abr VII Esboço geológico da Terra (1ª PARTE) 1-18
14 25/Abr VII Esboço geológico da Terra (2ª PARTE) 19-32
15 02/Mai VII Esboço geológico da Terra (3ª PARTE) 33-49
16 09/Mai VIII Teorias sobre a formação da Terra 1-7
17 16/Mai IX Revoluções do globo 1-15
18 23/Mai X Gênese orgânica (1ª PARTE) 1-15
19 30/Mai X Gênese orgânica (2ª PARTE) 16-23
20 06/Jun X Gênese orgânica (3ª PARTE) 24-30
21 13/Jun XI Gênese espiritual (1ª PARTE) 1-16
22 20/Jun XI Gênese espiritual (2ª PARTE) 17-34
23 27/Jun XI Gênese espiritual (3ª PARTE) 35-49
24 04/Jul XII Gênese moisaica (1ª PARTE) 1-12
25 11/Jul XII Gênese moisaica (2ª PARTE) 13-26
OS MILAGRES
26 18/Jul XIII Caracteres dos milagres 1-19
27 25/Jul XIV Os fluidos (1ª PARTE) 1-15
28 01/Ago XIV Os fluidos (2ª PARTE) 16-28
29 08/Ago XIV Os fluidos (3ª PARTE) 29-49
30 15/Ago XV Os milagres do Evangelho (1ª PARTE) 1-20
31 22/Ago XV Os milagres do Evangelho (2ª PARTE) 21-36
32 29/Ago XV Os milagres do Evangelho (3ª PARTE) 37-53
33 05/Set XV Os milagres do Evangelho (4ª PARTE) 54-67
AS PREDIÇÕES
34 12/Set XVI Teoria da presciência 1-18
35 19/Set XVII Predições do Evangelho (1ª PARTE) 1-21
36 26/Set XVII Predições do Evangelho (2ª PARTE) 22-34
37 03/Out XVII Predições do Evangelho (3ª PARTE) 35-58
38 10/Out XVII Predições do Evangelho (4ª PARTE) 59-67
39 17/Out XVIII São chegados os tempos (1ª PARTE) 1-26
40 24/Out XVIII São chegados os tempos (2ª PARTE) 27-35