sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

03 – O CONQUISTADOR DIFERENTE.




Espírito: IRMÃO X.

       Os conquistadores aparecem no mundo, desde as recuadas eras da selvageria
primitiva. E, há muitos séculos, postados sem soberbos carros de triunfo, exibem
troféus sangrentos e abafam, com aplausos ruidosos, o cortejo de misérias e lágrimas
que deixam à distância. Sorridentes e felizes, aceitaram as ovações do povo e
distribuem graças e honrarias, cobertos  de insígnias e incensados pelas frases
lisonjeiras da multidão. Vasta fileira de escritores congrega-se-lhes em torno,
exaltando-lhes as vitórias no campo de batalha. Poemas épicos e biografias
romanceadas surgem no caminho, glorificando-lhes a personalidade que se eleva,
perante os homens falíveis, à dourada galeria dos semideuses.
       Todavia, mais longe, na paisagem escura, onde choram os vencidos, permanecem
as sementeiras de dor que aguardarão os improvisados heróis na passagem implacável
do tempo. Muitas vezes, contudo, não chegam a conduzir para o túmulo as medalhas
que lhes brilham no peito dominador, porque a própria vida humana se incumbe de
esclarece-los, através das sombras da derrota, dos espinhos da enfermidade e das
amargas lições da morte.
       
       Dario, filho de Histaspes, reis dos persas, após fixar o poderio dos seus exércitos,
impôs terríveis sofrimentos à Índia, a Trácia e à Macedônia, conhecendo, em seguida,
a amargura e a derrota, à frente dos gregos.
       Alexandre Magno, por tantos motivos e admirado na história do mundo, titulou-se
generalíssimo dos helenos, em plena mocidade e, numa série de movimentos militares
que o celebrizaram para sempre, infligiu inomináveis padecimentos aos lares gregos,
egípcios e persas; todavia, apesar das glórias bélicas com que desafiava cidades e
guerreiros, fazendo-se acompanhar de incêndios e morticínios, rendeu-se à doença
que lhe imobilizou os ossos em Babilônia.
       Aníbal, o grande chefe cartaginês, espalhou o terror e a humilhação entre os
romanos, em sucessivas ações heróicas que lhe imortalizaram o nome, na crônica
militar do Planeta; contudo, em seguida à bajulação dos aduladores e à falsa
concepção de poder, foi vencido por Cipião, transformando-se num foragido sem
esperança, suicidando-se, por fim, num terrível complexo de vaidade e loucura.
      Júlio César, o famoso general que pretendia descender de Vênus e de Anquises,
constitui um dos maiores expoentes do engenho humano; submeteu a Gália e
desbaratou os adversários em combates brilhantes, governando Roma, na qualidade
de magnífico triunfador; no entanto, quando mais se lhe dilatava a ambição, o punhal
de Bruto, seu protegido e comensal, assassinou-o, sem comiseração, em pleno
Senado.
      Napoleão Bonaparte, o imperador dos franceses, depois de exercer no mundo uma
influência de que raros homens puderam  dispor na Terra, morre, melancolicamente,
numa ilha apagada, ao longo da vastidão do mar.
         Ainda hoje, os conquistadores modernos, depois dos aplausos de milhões de
vozes, após a dominação em que se fazem sentir, magnânimos para os seus amigos e
cruéis para os adversários, espalhando  condecorações e sentenças condenatórias,
caem ruidosamente dos pedestais de barro, convertendo-se em malfeitores comuns, a
serem julgados pelas mesmas vozes que lhes cantavam louvores na véspera.
        Todos eles, dominadores e tiranos, passam no mundo, entre as púrpuras do
poder, a caminho os mistérios do sofrimento e dos desencantos da morte. Em verdade,
sempre deixam algum bem no campo das  relações humanos, pelas novas estradas
abertas e pelas utilidades da civilização, cujo aparecimento aceleram; todavia, o
progresso amaldiçoa-lhes a personalidade,  porque as lágrimas das mães, os soluços
dos lares desertos, as aflições da orfandade, a destruição dos campos e o horror da
natureza ultrajada, acompanham-nos, por toda parte, destacando-os com execráveis
sinais.
     
 Um só conquistador houve no mundo, diferente de todos pela singularidade de
sua missão entre as criaturas. Não possuía legiões armadas, nem poderes políticos,
nem mantos de gala. Nunca expediu ordens e soldados, nem traçou programas de
dominação. Jamais humilhou e feriu. Cercou-se de cooperadores aos quais chamou
“amigos”. Dignificou a vida familiar, recolheu crianças desamparadas, libertou os
oprimidos, consolou os tristes e sofredores, curou cegos e paralíticos. E, por fim, em
compensação aos seus trabalhos, levados a efeito com humildade e amor; aceitou
acusações para que ninguém as sofresse, submeteu-se à prisão para que outros não
experimentassem a angústia do cárcere, conheceu o abandono dos que amava,
separou-se dos seus, recebeu, sem revolta, ironias e bofetadas, carregou a cruz em
que foi imolado e na sua morte passou por ser a de um ladrão.
 Mas, desde a última vitória no madeiro, tecida em perdão e misericórdia,
consolidou o seu infinito poder sobre as almas, e, desde esse dia, Jesus Cristo, o
conquistador diferente, começou a estender o seu divino império no mundo,
prosseguindo no serviço sublime da edificação espiritual, no Oriente e no Ocidente, no
Norte e no Sul, nas mais cariadas regiões do Planeta, erguendo uma Terra
aperfeiçoada e feliz, que continua a ser construída, em bases de amor e concórdia,
fraternidade e justiça, acima da sombria animalidade do egoísmo e das ruínas geladas
da morte.

FONTE: LIVRO ANTOLOGIA MEDIÚNICA DO NATAL –
Psicografia: Francisco Cândido Xavier.

quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

05 – CARTÃO DE NATAL.


Espírito: MEIMEI.

 Ao  clarão do Natal, que em  ti acorda a música da esperança, escuta a voz de
alguém que te busca o ninho da própria alma!... Alguém que te acende a estrela da
generosidade nos olhos e te adoça o sentimento, quais se trouxessem uma harpa de
ternura esconda no peito.
 Sim, é Jesus, o amigo fiel, que volta.
 Ainda que não quisesse, lembar-lhe-ias hoje os dons inefáveis, ao recordares as
canções maternas que te embalaram o berço, o carinho de teu pai, ao recolher-te nos
braços enternecidos, a paciência dos mestres que te guiaram na escola e o amor puro
de velhas afeições que te parecem distantes.
 Contemplas a rua, onde luminárias  e cânticos lhe reverenciam a glória;
entretanto, vergas-te ao peso das lágrimas que te desafogam o coração... É que ele te
fala no íntimo, rogando perdão para os erram, socorro aos que sofrem, agasalho aos
que tremem na vastidão da noite, consolação aos que gemem desanimados e luz para
os que jazem nas trevas.
 Não hesites! Ouve-lhe a petição e faze  algo!... Sorri de novo para os que te
ofenderam; abençoa os que feriram; divide o farnel com os irmãos em necessidade;
entrega um minuto de reconforto ao doente; oferece numa fatia de bolo aos que oram,
sozinhos, sob ruínas e pontes abandonadas; estende um lençol macio aos que
esperam a morte, sem aconchego do lar; cede pequenina parte de tua bolsa no auxílio
às mães fatigadas, que se afligem ao pé dos filhinhos que enlanguescem de fome, ou
improvisa a felicidade de uma criança esquecida.
 Não importa se diga que cultivas a bondade somente hoje quando o Natal te
deslumbra!... Comecemos a viver com Jesus,  ainda que seja por algumas horas, de
quando em quando, e aprenderemos, pouco a pouco, a estar com ele, com todos os instantes, tanto quanto ele permanece conosco, tornando diariamente ao nosso
convívio e sustentando-nos para sempre.
FONTE: LIVRO ANTOLOGIA MEDIÙNICA DO NATAL –
Psicografia: Francisco Cândido Xavier.

domingo, 16 de dezembro de 2012

Festa de Natal

Com o término de mais um ano letivo, a FOA promoveu no último sábado, a festa natalina das crianças da escolinha e das assistidas.  Mais que o encerramento do trabalho realizado durante o ano, é a oportunidade de garantir a todas as crianças o direito de continuar sonhando, de continuar acreditando na magia da data.  Por este motivo, todos os anos, a festa é feita com muita "emoção" , ao distribuir as fichas, sem saber se vamos ter os padrinhos, ao receber os presentes, pois sempre tem o padrinho que torna mais emocionante e deixa para entregar na ultima hora, e principalmente, ao vê-las recebendo.
Agradecemos a todos os padrinhos e trabalhadores que possibilitaram esses sorrisos.
Agradecemos ao cardiologista da Maggie, que a mantém firme.
Agradecemos o apoio sempre presente dos amigos espirituais.
E, acima de tudo, agradecemos a Deus e a Jesus a oportunidade...













































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quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

49 – MENSAGEM DO NATAL.


Espírito: EMMANUEL.

“Glória a Deus nas Alturas, paz na Terra e
boa vontade para com os homens”.
(LUCAS, 2:14).

O cântico das legiões angélicas, na Noite Divina, expressa o programa do Pai
acerca do apostolado que se reservaria ao Mestre nascente.
*
O louvor celeste sintetiza, em três enunciados pequeninos, a plataforma do
Cristianismo inteiro.
*
Glória Deus nas Alturas, significando o imperativo de nossa consagração ao Senhor
Supremo, de todo o coração e de toda a alma.
Paz na Terra, traduzindo a fraternidade que nos compete incentivar, no plano de
cada dia, com todas as criaturas.
Boa Vontade para com os homens, definindo as nossas obrigações de serviço
espontâneo, uns à frente dos outros, no grande roteiro da Humanidade.
*
O Natal exprime renovação da alma e do mundo, nas bases do Amor, da
Solidariedade e do Trabalho.
*
Dantes, os que se anunciavam, em nome de Deus, exibiam a púrpura dos
triunfadores sobre o acervo de cadáveres e despojos dos vencidos.
Com o Enviado Celeste, que surge na Manjedoura, temos o Divino Vencedor
arrebanhando os fracos e os sofredores, os pobres e os humildes para a revelação do
Bem Universal.
*
Dantes, exércitos e armadilhas, flagelos e punhais, chuvas de lodo e lama para a
conquista sanguinolenta.
Agora, porém, e um Coração armado de Amor, aberto à compreensão de todas
as dores, ao encontro das almas.
Não amaldiçoa.
Não condena.
Não fere.
Fortalecem as boas obras.
Ensina e passa.
Auxilia e segue adiante.
Consola os aflitos, sem esquecer-se de consagrar o júbilo esponsalício de Caná.
Reconforta-se com os discípulos no jardim doméstico; todavia, não desampara
a multidão na praça pública.
Exalta as virtudes femininas no Lar de Pedro; contudo, não menospreza a
Madalena transviada.
Partilha o pão singelo dos pescadores, mas não menoscaba o banquete dos
publicanos.
Cura Bartimeu, o cego esquecido; entretanto, não olvida Zaqueu, o rico
enganado.
Estima a nobreza dos amigos; contudo, não desdenha a cruz entre os ladrões.
O Cristo na Manjedoura representava o Pai na Terra.
O cristão no mundo é o Cristo dentro da vida.
*
Natal! Glória a Deus! Paz na Terra! Boa Vontade para com os Homens!
*
Se já podes ouvir a mensagem da Noite Inesquecível, recorda que a Boa
Vontade para com todas as criaturas é o nosso dever de sempre.


FONTE: LIVRO ANTOLOGIA MEDIÙNICA DO NATAL –
Psicografia: Francisco Cândido Xavier

quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

13 – HUMILDADE CELESTE.


Espírito: EMMANUEL.

Ninguém mais humilde que Ele, o Divino Governador da Terra.
Podia eleger um palácio para a glória do nascimento, mas preferiu sem mágoa a
manjedoura simples.
Podia reclamar os princípios da cultura para o seu ministério de paz e redenção;
contudo, preferiu pescadores singelos para instrumentos sublimes do seu verbo de luz.
Podia articular defesa irresistível a fim de dominar a governança política; no
entanto, preferiu render-se à autoridade, presente em sua época, ensinando que o
homem deve entregar ao mundo o que ao mundo pertence, e a Deus o que é de Deus.
Podia banir de pronto do colégio apostólico o amigo invigilante, mas preferiu
que Judas conseguisse os seus fins, lamentáveis e escusos, descerrando-lhe aos pés o
caminho melhor.
Podia erguer-se ao Sol da plena vida eterna, sem voltar-se jamais ao convívio
humilhante daqueles que o feriram nos tormentos da cruz; no entanto, preferiu
regressar para o mundo, estendendo de novo as mãos alvas e puras aos ingratos da
véspera.
Podia constranger o espírito de Saulo a receber-lhe as ordens, mas preferiu
surgir-lhe qual companheiro anônimo, rogando-lhe acordar, meditar e servir, em favor
de si mesmo.
Em Cristo, fulge sempre a humildade celeste, pela qual aprendemos que,
quanto mais poder, mais amplo o trilho augusto aberto às nossas almas para que nos
façamos, não apenas humildes pelos padrões da Terra, mas humildes enfim pelos
padrões de Deus.

FONTE: LIVRO ANTOLOGIA MEDIÙNICA DO NATAL –
Psicografia: Francisco Cândido Xavier.

segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

12 – SÚPLICA DO NATAL.


Espírito: APARECIDA.

Amado Jesus:
Na excelsa manjedoura
que te esconde a glória sublime,
ouve a nossa oração!
Ajuda-nos
a procurar a simplicidade
que nos reúne ao teu amor...
Auxilia-nos
a renascer dentro de nós mesmos,
buscando em Ti a força
para sermos, em Teu Nome,
irmãos uns dos outros!
Mestre do Eterno Bem,
sustenta as nossas almas
a fim de que a alegria
de servir e ajudar
nos ilumine a senda,
não somente na luz
de teu Santo Natal,
nas em todos os dias,
aqui, agora e sempre.

FONTE: LIVRO ANTOLOGIA MEDIÚNICA DO NATAL –
Psicografia: Francisco Cândido Xavier.

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

JESUS PARA O HOMEM.



Espírito: EMMANUEL.
“E achado em forma como homem, humilhou-se a
si mesmo, sendo obediente até à morte de cruz”.
- PAULO (Fillipenses, 2:8).

O Mestre desceu para servir.
Do esplendor à escuridão...
Da alvorada eterna à noite plena...
Das estrelas à manjedoura...
Do infinito à limitação...
Da glória à carpintaria...
Da grandeza à abnegação...
Da divindade dos anjos à miséria dos homens...
Da companhia de gênios sublimes à convivência dos pecadores...
De governador do mundo a servo de todos...
De credor magnânimo a escravo...
De benfeitor a perseguido...
De salvador a desamparado...
De emissário do amor à vítima do ódio...
De redentor dos séculos a prisioneiro das sombras...
De celeste pastor à ovelha oprimida...
De poderoso trono à cruz do martírio...
Do verbo santificante ao angustiado silêncio...
De advogado das criaturas a réu sem defesa...
Dos braços dos amigos ao contacto de ladrões...
De doador da vida eterna a sentenciado no vale da morte...
Humilhou-se e apagou-se para que o homem se eleve e brilhe para sempre!
Oh! Senhor, que não fizeste por nós, a fim de aprendermos o caminho da Gloriosa
Ressurreição no Reino?
FONTE: LIVRO ANTOLOGIA MEDIÚNICA DO NATAL –
Psicografia: Francisco Cândido Xavier.

domingo, 2 de dezembro de 2012

OFERTA DE NATAL


Espírito: EMMANUEL.

Senhor!
Enquanto as melodias do Natal nos enternecem, recordamos também, ante o céu
iluminado, a estrela divina que te assinalou o berço na palha singela!...
De novo, alcançam-nos os ouvidos as vozes angélicas:
- Glória a Deus nas Alturas, paz na Terra, boa vontade para com os homens!...
E lembramo-nos do tópico inesquecível da narrativa de Lucas (Evangelho de Lucas
2:8-11):
“Havia na região da manjedoura pastores que viviam nos campos e velavam
pelos rebanhos durante a noite; e um anjo do Senhor desceu onde eles se achavam e
a glória do Senhor brilhou ao redor deles, pelo que se fizeram tomados de assombro...
O anjo, porém, lhes disse: não temais! Eis que vos trago boas novas de grande
alegria, que serão para todo o povo... É que hoje vos nasceu, na cidade de David, o
Salvador, que é o Cristo, o Senhor”.
*
Desde o momento em que os pastores maravilhados se movimentaram para ver
te, na hora da alva, começaste, por misericórdia tua, a receber os testemunhos de
afeição dos filhos da Terra.
Todavia, muito antes que te homenageassem com o ouro, o incenso e a mirra,
expressando a admiração e a reverência do mundo, o teu cetro invisível se dignou
acolher, em primeiro lugar, as pequeninas dádivas dos últimos!
Só tu sabes, Senhor, os nome daqueles que algo te ofertaram, em nome do
amor puro, nos instantes da estrebaria:
A primeira frase de bênção...
A luz da candeia que principiou a brilhar quando se apagaram as irradiações do
firmamento...
Os panos que te livraram do frio...
A manta humilde que te garantiu o leito improvisado...
Os primeiros braços que te enlaçaram ao colo para que José e Maria
repousassem...
A primeira tigela de leite...
O socorro aos pais cansados...
Os utensílios de empréstimo para que te não faltasse assistência...
A bondade que manteve a ordem, ao redor a manjedoura, preservando-a de
possíveis assaltos...
O feno para o animal que devia transportar-te...
*
Hoje, Senhor, que quase vinte séculos transcorreram, sobre o teu nascimento,
nós, os pequeninos obreiros desencarnados, com a honra de cooperar em teu
Evangelho Redivivo, pedimos vênia para algo te ofertar... Nada possuindo de nós,
trazemos-te as páginas simples que Tu mesmo nos inspiraste, os pensamentos de
gratidão e de amor que nos saíram do coração, em forma de letras, em louvor de tua
infinita bondade!
Recebe-os, ó Divino Benfeitor! Com a benevolência com que acolheste as
primeiras palavras e respeito e os primeiros gestos de carinho com que as criaturas
rudes e anônimas te afagaram na gloriosa descida à Terra!... E que nós – espíritos
milenares fatigados do erro, mas renovados na esperança – possamos rever-te a
figura sublime, nos recessos do coração, e repetir, como o velho Simeão, após
acariciar-te na longa vigília do Templo:
- “Agora, Senhor, despede em paz os teus servos, segundo a tua palavra, porque
os nossos olhos viram a salvação!...”.

FONTE: LIVRO ANTOLOGIA MEDIÙNICA DO NATAL - Psicografia: Francisco
Cândido Xavier - Uberaba, 25 de dezembro de 1966

quinta-feira, 29 de novembro de 2012

NOS DONS DO CRISTO



“Mas a graça foi dada a cada um de nós, segundo a medida do dom
do Cristo”.-Paulo. (EFÉSIOS, 4:7.)

A alma humana, nestes vinte séculos de Cristianismo, é uma
consciência esclarecida pela razão, em plena batalha pela conquista
dos valores iluminativos.
O campo de luta permanece situado em nossa vida íntima.
Animalidade versus espiritualidade.
Milênios de sombras cristalizadas contra a luz nascente.
E o homem, pouco a pouco, entre as alternativas de vida e morte,
renascimento no corpo e retorno à atividade espiritual, vai plasmando
em si mesmo as qualidades sublimes, indispensáveis à ascensão, e
que, no fundo, constituem as virtudes do Cristo, progressivas em
cada um de nós.
Daí a razão de a graça divina ocupar a existência humana ou crescer
dentro dela, à medida que os dons de Jesus, incipientes, reduzidos,
regulares ou enormes nela se possam expressar.
Onde estiveres, seja o que fores, procura aclimatar as qualidades
cristãs em ti mesmo, com a vigilante atenção dispensada à cultura
das plantas preciosas, ao pé do lar.
Quanto à Terra, todos somos suscetíveis de produzir para o bem ou
para o mal.
Ofereçamos ao Divino Cultivador o vaso do coração, recordando que
se o "solo consciente" do nosso espírito aceitar as sementes do Celeste Pomicultor, cada
migalha de nossa boa-vontade será convertida em canal milagroso
para a exteriorização do bem, com a multiplicação permanente das
graças do Senhor, ao redor de nós.
Observa a tua "boa parte" e lembra que podes dilatá-la ao Infinito.
Não intentes destruir milênios de treva de um momento para outro.
Vale-te do esforço de auto-aperfeiçoamento cada dia.
Persiste em aprender com o Mestre do Amor e da Renúncia.
Não nos esqueçamos de que a Graça Divina ocupará o nosso espaço
individual, na medida de nosso crescimento real nos dons do Cristo.




FONTE VIVA
FRANCISCO CANDIDO XAVIER
DITADO PELO ESPÍRITO EMMANUEL

sábado, 3 de novembro de 2012

Amarás servindo



Amarás servindo.

Ainda quando escutes alusões em torno da suposta decadência dos valores humanos, exaltando as forças das trevas, farás da própria alma lâmpada acesa para o caminho.

Mesmo quando a ambição e o orgulho te golpeiem de suspeitas e de rancores o espírito desprevenido, amarás servindo sempre.

Quando alguém te aponte os males do mundo, lembrar-te-ás dos que te suportaram as fraquezas da infância, dos que te auxiliaram a pronunciar a primeira oração, dos que te encorajaram os ideais de bondade no nascedouro, e daqueles outros que partiram da Terra, abençoando-te o nome, depois de repetidos exemplos de sacrifício para que pudesses livremente viver. Recordarás os benfeitores anônimos que te deram entendimento e esperança, prosseguindo fiel ao apostolado do amor e serviço que te legaram...

Para isso, não te deterás na superfície das palavras.

Colocar-te-ás na posição dos que sofrem, a fim de que faças por eles tudo aquilo que desejarias se te fizesse nas mesmas circunstâncias.

Ante as vítimas da penúria, imagina o que seria de ti nos refúgios de ninguém, sob a ventania da noite, carregando o corpo exausto e dolorido a que o pão mendigado não forneceu suficiente alimentação; renteando com os doentes desamparados, reflete quanto te doeria o abandono sob o guante da enfermidade, sem a presença sequer de um amigo para minorar-te o peso da angústia; à frente das crianças despejadas na rua, pensa nos filhos amados que aconchegas ao peito, e mentaliza o reconhecimento que experimentarias por alguém que os socorresse se estivessem desvalidos na via pública; e, perante os irmãos caídos em criminalidade, avalia o suplício oculto que te rasgarias entranhas da consciência, se ocupasses o lugar deles, e medita no agradecimento que passarias a consagrar aos que te perdoassem os erros, escorando-te o passo, das sombras para a luz.

Ainda mesmo quando te vejas absolutamente a sós, no trabalho de bem, sob a zombaria dos que se tresmalham temporariamente no nevoeiro da negação e do egoísmo, não esmorecerás. Crendo na misericórdia da Providência Divina e nas infinitas possibilidades de renovação do homem, seguirás Jesus, o Mestre e Senhor, que, entre a humildade e a abnegação, nos ensinou a todos que o amor e o serviço ao próximo são as únicas forças capazes de sublimar a inteligência para que o Reino de Deus se estabeleça em definitivo nos domínios do coração.



Obra: “Alma e Coração”, de Francisco Cândido Xavier, pelo Espírito Emmanuel

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

3º FESTIVAL DE MÚSICA ESPÍRITA DA FOA

          No último sábado, dia 6 de outubro, aconteceu o 3º Festival de Música Espírita em nossa casa. O Festival começou com uma maravilhosa prece feita pela nossa querida Valéria Augusto e o show de abertura com a banda “Nossa Arte” que foi formada no 3º Acampamento Espírita da Mocidade de nossa casa e carinhosamente apelidada pelo líder da Mocidade, Hugo Luz, de “Os Gatinhos”. Depois de tocarem algumas de suas músicas, tivemos o privilégio de ouvir a incrível voz de Carol Lelacher, afilhada artística e convidada de Thiago Brito, que nos brindou com algumas de suas músicas antes do cantor Allan Filho começar o show com a Oração da Paz, mais conhecida como Oração de São Francisco. Não sei se ele sabia, mas Francisco de Assis é o patrono de nossa casa e sabemos que o acaso não existe. Foi magnífica a sua interpretação dessa belíssima oração. Primeiro ele contou um pouco sobre sua vida, revelando, inclusive,  que seu nome é, pasmem, Allan Kardec. A partir daí foi intercalando as canções com um pouco da história de cada uma delas ou de sua vida.
           O Festival de Música Espírita em nossa casa é realizado anualmente, entre setembro e outubro, pela Mocidade Espírita Leopoldo Machado, desde 2010, para entre outras coisas, arrecadar fundos para o nosso acampamento que acontece sempre em novembro.
           No 1º Festival, a nossa querida Marielza Tiscate nos encantou e no ano passado foi a vez de Thiago Brito que, inclusive, participou do nosso acampamento juntamente com os jovens de sua mocidade.


















           Agradecemos a todos os artistas e a todos os nossos irmãos que estiveram presentes contribuindo com suas boas vibrações para divulgação da arte espírita e como sabemos, para socorro de muitos irmãos que são beneficiados com nossos fluidos pelos valorosos mentores espirituais da Fraternidade Oficina do Amor.
Paz e Bem à todos!
Guilherme Rovere