sábado, 16 de fevereiro de 2013

Convite à Compaixão


"Jesus, Mestre, tem compaixão de nós." (Lucas: capítulo 17º, versículo 14.)
São poucos os que a cultivam.
Há a alegação generalizada de que todo aquele que se apiada, sofre desnecessariamente, e depois não há qualquer compensação. Logo se recupera o que ora padece e este retribui a generosidade, o auxílio, com a torpe ingratidão.
Que te importa, porém, se o ingrato for o outro? Não se renova a árvore após a poda, produzindo em abundância e o solo revolvido, não aceita melhor a semente?
O essencial é que sejas partícipe ativo da renovação social e espiritual da Terra.
Para esse mister não arroles dificuldades, não apontes incompreensões, não relaciones queixas.
Possivelmente não poderás fazer muito, ante a larga faixa dos que expungem, dos que padecem necessárias retificações. Dispões, no entanto, do amor, e assim enriquecido ser-te-á possível oferecer valiosas moedas de compaixão e fraternidade.
Disporás de um momento para ouvir as ânsias do espírito atribulado e ofereceres o roteiro seguro do Evangelho; terás a moeda da esperança para distenderes ao desafortunado, que tudo perdeu no jogo da ilusão e agora está à borda da loucura ou do suicídio; contribuirás com a oração intercessória, quando outros recursos já não sejam utilizáveis junto ao que se permitiu colher pelas circunstâncias infelizes que ele mesmo engendrou e das quais não pode escapar; distenderás o lenço do conforto, sugerindo que o perseguidor reconsidere a atitude, pois que mais tarde será ele o perseguido; lembrarás o impositivo das leis divinas àqueles que se facultam desonestidade e torpezas morais, se tiveres compaixão..
O Mestre, apiedado daqueles leprosos, sugeriu que se apresentassem aos sacerdotes, acontecendo que, em pleno caminho, se tornaram limpos...
Todos possuímos males que nos maculam o espírito e nos maceram interiormente. Apiadando-nos do próximo, credenciar-nos-emos à compaixão do Senhor, que nos favorecerá com a oportunidade de nos limparmos pelo caminho, também, antes de nos apresentarmos à Lei.
FRANCO, Divaldo Pereira. Convites da Vida. Pelo Espírito Joanna de Ângelis. LEAL. Capítulo 7.

sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

03 – O CONQUISTADOR DIFERENTE.




Espírito: IRMÃO X.

       Os conquistadores aparecem no mundo, desde as recuadas eras da selvageria
primitiva. E, há muitos séculos, postados sem soberbos carros de triunfo, exibem
troféus sangrentos e abafam, com aplausos ruidosos, o cortejo de misérias e lágrimas
que deixam à distância. Sorridentes e felizes, aceitaram as ovações do povo e
distribuem graças e honrarias, cobertos  de insígnias e incensados pelas frases
lisonjeiras da multidão. Vasta fileira de escritores congrega-se-lhes em torno,
exaltando-lhes as vitórias no campo de batalha. Poemas épicos e biografias
romanceadas surgem no caminho, glorificando-lhes a personalidade que se eleva,
perante os homens falíveis, à dourada galeria dos semideuses.
       Todavia, mais longe, na paisagem escura, onde choram os vencidos, permanecem
as sementeiras de dor que aguardarão os improvisados heróis na passagem implacável
do tempo. Muitas vezes, contudo, não chegam a conduzir para o túmulo as medalhas
que lhes brilham no peito dominador, porque a própria vida humana se incumbe de
esclarece-los, através das sombras da derrota, dos espinhos da enfermidade e das
amargas lições da morte.
       
       Dario, filho de Histaspes, reis dos persas, após fixar o poderio dos seus exércitos,
impôs terríveis sofrimentos à Índia, a Trácia e à Macedônia, conhecendo, em seguida,
a amargura e a derrota, à frente dos gregos.
       Alexandre Magno, por tantos motivos e admirado na história do mundo, titulou-se
generalíssimo dos helenos, em plena mocidade e, numa série de movimentos militares
que o celebrizaram para sempre, infligiu inomináveis padecimentos aos lares gregos,
egípcios e persas; todavia, apesar das glórias bélicas com que desafiava cidades e
guerreiros, fazendo-se acompanhar de incêndios e morticínios, rendeu-se à doença
que lhe imobilizou os ossos em Babilônia.
       Aníbal, o grande chefe cartaginês, espalhou o terror e a humilhação entre os
romanos, em sucessivas ações heróicas que lhe imortalizaram o nome, na crônica
militar do Planeta; contudo, em seguida à bajulação dos aduladores e à falsa
concepção de poder, foi vencido por Cipião, transformando-se num foragido sem
esperança, suicidando-se, por fim, num terrível complexo de vaidade e loucura.
      Júlio César, o famoso general que pretendia descender de Vênus e de Anquises,
constitui um dos maiores expoentes do engenho humano; submeteu a Gália e
desbaratou os adversários em combates brilhantes, governando Roma, na qualidade
de magnífico triunfador; no entanto, quando mais se lhe dilatava a ambição, o punhal
de Bruto, seu protegido e comensal, assassinou-o, sem comiseração, em pleno
Senado.
      Napoleão Bonaparte, o imperador dos franceses, depois de exercer no mundo uma
influência de que raros homens puderam  dispor na Terra, morre, melancolicamente,
numa ilha apagada, ao longo da vastidão do mar.
         Ainda hoje, os conquistadores modernos, depois dos aplausos de milhões de
vozes, após a dominação em que se fazem sentir, magnânimos para os seus amigos e
cruéis para os adversários, espalhando  condecorações e sentenças condenatórias,
caem ruidosamente dos pedestais de barro, convertendo-se em malfeitores comuns, a
serem julgados pelas mesmas vozes que lhes cantavam louvores na véspera.
        Todos eles, dominadores e tiranos, passam no mundo, entre as púrpuras do
poder, a caminho os mistérios do sofrimento e dos desencantos da morte. Em verdade,
sempre deixam algum bem no campo das  relações humanos, pelas novas estradas
abertas e pelas utilidades da civilização, cujo aparecimento aceleram; todavia, o
progresso amaldiçoa-lhes a personalidade,  porque as lágrimas das mães, os soluços
dos lares desertos, as aflições da orfandade, a destruição dos campos e o horror da
natureza ultrajada, acompanham-nos, por toda parte, destacando-os com execráveis
sinais.
     
 Um só conquistador houve no mundo, diferente de todos pela singularidade de
sua missão entre as criaturas. Não possuía legiões armadas, nem poderes políticos,
nem mantos de gala. Nunca expediu ordens e soldados, nem traçou programas de
dominação. Jamais humilhou e feriu. Cercou-se de cooperadores aos quais chamou
“amigos”. Dignificou a vida familiar, recolheu crianças desamparadas, libertou os
oprimidos, consolou os tristes e sofredores, curou cegos e paralíticos. E, por fim, em
compensação aos seus trabalhos, levados a efeito com humildade e amor; aceitou
acusações para que ninguém as sofresse, submeteu-se à prisão para que outros não
experimentassem a angústia do cárcere, conheceu o abandono dos que amava,
separou-se dos seus, recebeu, sem revolta, ironias e bofetadas, carregou a cruz em
que foi imolado e na sua morte passou por ser a de um ladrão.
 Mas, desde a última vitória no madeiro, tecida em perdão e misericórdia,
consolidou o seu infinito poder sobre as almas, e, desde esse dia, Jesus Cristo, o
conquistador diferente, começou a estender o seu divino império no mundo,
prosseguindo no serviço sublime da edificação espiritual, no Oriente e no Ocidente, no
Norte e no Sul, nas mais cariadas regiões do Planeta, erguendo uma Terra
aperfeiçoada e feliz, que continua a ser construída, em bases de amor e concórdia,
fraternidade e justiça, acima da sombria animalidade do egoísmo e das ruínas geladas
da morte.

FONTE: LIVRO ANTOLOGIA MEDIÚNICA DO NATAL –
Psicografia: Francisco Cândido Xavier.

quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

05 – CARTÃO DE NATAL.


Espírito: MEIMEI.

 Ao  clarão do Natal, que em  ti acorda a música da esperança, escuta a voz de
alguém que te busca o ninho da própria alma!... Alguém que te acende a estrela da
generosidade nos olhos e te adoça o sentimento, quais se trouxessem uma harpa de
ternura esconda no peito.
 Sim, é Jesus, o amigo fiel, que volta.
 Ainda que não quisesse, lembar-lhe-ias hoje os dons inefáveis, ao recordares as
canções maternas que te embalaram o berço, o carinho de teu pai, ao recolher-te nos
braços enternecidos, a paciência dos mestres que te guiaram na escola e o amor puro
de velhas afeições que te parecem distantes.
 Contemplas a rua, onde luminárias  e cânticos lhe reverenciam a glória;
entretanto, vergas-te ao peso das lágrimas que te desafogam o coração... É que ele te
fala no íntimo, rogando perdão para os erram, socorro aos que sofrem, agasalho aos
que tremem na vastidão da noite, consolação aos que gemem desanimados e luz para
os que jazem nas trevas.
 Não hesites! Ouve-lhe a petição e faze  algo!... Sorri de novo para os que te
ofenderam; abençoa os que feriram; divide o farnel com os irmãos em necessidade;
entrega um minuto de reconforto ao doente; oferece numa fatia de bolo aos que oram,
sozinhos, sob ruínas e pontes abandonadas; estende um lençol macio aos que
esperam a morte, sem aconchego do lar; cede pequenina parte de tua bolsa no auxílio
às mães fatigadas, que se afligem ao pé dos filhinhos que enlanguescem de fome, ou
improvisa a felicidade de uma criança esquecida.
 Não importa se diga que cultivas a bondade somente hoje quando o Natal te
deslumbra!... Comecemos a viver com Jesus,  ainda que seja por algumas horas, de
quando em quando, e aprenderemos, pouco a pouco, a estar com ele, com todos os instantes, tanto quanto ele permanece conosco, tornando diariamente ao nosso
convívio e sustentando-nos para sempre.
FONTE: LIVRO ANTOLOGIA MEDIÙNICA DO NATAL –
Psicografia: Francisco Cândido Xavier.

domingo, 16 de dezembro de 2012

Festa de Natal

Com o término de mais um ano letivo, a FOA promoveu no último sábado, a festa natalina das crianças da escolinha e das assistidas.  Mais que o encerramento do trabalho realizado durante o ano, é a oportunidade de garantir a todas as crianças o direito de continuar sonhando, de continuar acreditando na magia da data.  Por este motivo, todos os anos, a festa é feita com muita "emoção" , ao distribuir as fichas, sem saber se vamos ter os padrinhos, ao receber os presentes, pois sempre tem o padrinho que torna mais emocionante e deixa para entregar na ultima hora, e principalmente, ao vê-las recebendo.
Agradecemos a todos os padrinhos e trabalhadores que possibilitaram esses sorrisos.
Agradecemos ao cardiologista da Maggie, que a mantém firme.
Agradecemos o apoio sempre presente dos amigos espirituais.
E, acima de tudo, agradecemos a Deus e a Jesus a oportunidade...













































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quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

49 – MENSAGEM DO NATAL.


Espírito: EMMANUEL.

“Glória a Deus nas Alturas, paz na Terra e
boa vontade para com os homens”.
(LUCAS, 2:14).

O cântico das legiões angélicas, na Noite Divina, expressa o programa do Pai
acerca do apostolado que se reservaria ao Mestre nascente.
*
O louvor celeste sintetiza, em três enunciados pequeninos, a plataforma do
Cristianismo inteiro.
*
Glória Deus nas Alturas, significando o imperativo de nossa consagração ao Senhor
Supremo, de todo o coração e de toda a alma.
Paz na Terra, traduzindo a fraternidade que nos compete incentivar, no plano de
cada dia, com todas as criaturas.
Boa Vontade para com os homens, definindo as nossas obrigações de serviço
espontâneo, uns à frente dos outros, no grande roteiro da Humanidade.
*
O Natal exprime renovação da alma e do mundo, nas bases do Amor, da
Solidariedade e do Trabalho.
*
Dantes, os que se anunciavam, em nome de Deus, exibiam a púrpura dos
triunfadores sobre o acervo de cadáveres e despojos dos vencidos.
Com o Enviado Celeste, que surge na Manjedoura, temos o Divino Vencedor
arrebanhando os fracos e os sofredores, os pobres e os humildes para a revelação do
Bem Universal.
*
Dantes, exércitos e armadilhas, flagelos e punhais, chuvas de lodo e lama para a
conquista sanguinolenta.
Agora, porém, e um Coração armado de Amor, aberto à compreensão de todas
as dores, ao encontro das almas.
Não amaldiçoa.
Não condena.
Não fere.
Fortalecem as boas obras.
Ensina e passa.
Auxilia e segue adiante.
Consola os aflitos, sem esquecer-se de consagrar o júbilo esponsalício de Caná.
Reconforta-se com os discípulos no jardim doméstico; todavia, não desampara
a multidão na praça pública.
Exalta as virtudes femininas no Lar de Pedro; contudo, não menospreza a
Madalena transviada.
Partilha o pão singelo dos pescadores, mas não menoscaba o banquete dos
publicanos.
Cura Bartimeu, o cego esquecido; entretanto, não olvida Zaqueu, o rico
enganado.
Estima a nobreza dos amigos; contudo, não desdenha a cruz entre os ladrões.
O Cristo na Manjedoura representava o Pai na Terra.
O cristão no mundo é o Cristo dentro da vida.
*
Natal! Glória a Deus! Paz na Terra! Boa Vontade para com os Homens!
*
Se já podes ouvir a mensagem da Noite Inesquecível, recorda que a Boa
Vontade para com todas as criaturas é o nosso dever de sempre.


FONTE: LIVRO ANTOLOGIA MEDIÙNICA DO NATAL –
Psicografia: Francisco Cândido Xavier

quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

13 – HUMILDADE CELESTE.


Espírito: EMMANUEL.

Ninguém mais humilde que Ele, o Divino Governador da Terra.
Podia eleger um palácio para a glória do nascimento, mas preferiu sem mágoa a
manjedoura simples.
Podia reclamar os princípios da cultura para o seu ministério de paz e redenção;
contudo, preferiu pescadores singelos para instrumentos sublimes do seu verbo de luz.
Podia articular defesa irresistível a fim de dominar a governança política; no
entanto, preferiu render-se à autoridade, presente em sua época, ensinando que o
homem deve entregar ao mundo o que ao mundo pertence, e a Deus o que é de Deus.
Podia banir de pronto do colégio apostólico o amigo invigilante, mas preferiu
que Judas conseguisse os seus fins, lamentáveis e escusos, descerrando-lhe aos pés o
caminho melhor.
Podia erguer-se ao Sol da plena vida eterna, sem voltar-se jamais ao convívio
humilhante daqueles que o feriram nos tormentos da cruz; no entanto, preferiu
regressar para o mundo, estendendo de novo as mãos alvas e puras aos ingratos da
véspera.
Podia constranger o espírito de Saulo a receber-lhe as ordens, mas preferiu
surgir-lhe qual companheiro anônimo, rogando-lhe acordar, meditar e servir, em favor
de si mesmo.
Em Cristo, fulge sempre a humildade celeste, pela qual aprendemos que,
quanto mais poder, mais amplo o trilho augusto aberto às nossas almas para que nos
façamos, não apenas humildes pelos padrões da Terra, mas humildes enfim pelos
padrões de Deus.

FONTE: LIVRO ANTOLOGIA MEDIÙNICA DO NATAL –
Psicografia: Francisco Cândido Xavier.

segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

12 – SÚPLICA DO NATAL.


Espírito: APARECIDA.

Amado Jesus:
Na excelsa manjedoura
que te esconde a glória sublime,
ouve a nossa oração!
Ajuda-nos
a procurar a simplicidade
que nos reúne ao teu amor...
Auxilia-nos
a renascer dentro de nós mesmos,
buscando em Ti a força
para sermos, em Teu Nome,
irmãos uns dos outros!
Mestre do Eterno Bem,
sustenta as nossas almas
a fim de que a alegria
de servir e ajudar
nos ilumine a senda,
não somente na luz
de teu Santo Natal,
nas em todos os dias,
aqui, agora e sempre.

FONTE: LIVRO ANTOLOGIA MEDIÚNICA DO NATAL –
Psicografia: Francisco Cândido Xavier.