domingo, 7 de junho de 2009

Como foi o Encontro sobre Eurípedes Barsanulfo

Amigos,





Iremos descrever um pouco do encontro que ocorreu no domingo passado – 19° Encontro Espírita sobre a Vida e Obra de Eurípedes Barsanulfo.


O evento foi dinamizado pela Osvaldina, integrante do Grupo de Estudo do Centro Espírita Léon Denis.



O grupo estuda durante um ano o tema dos encontros – selecionado pelo plano espiritual – e monta a apresentação e a dinâmica. Mal acaba o de um ano, eles já começam a preparar o do próximo, sendo cada grupo especializado em determinado assunto: Jesus, Mediunidade, Chico Xavier...




O grupo de Osvaldina se especializou em Eurípedes Barsanulfo. Ela levou um show de slides preparado nesse período que serviu de base para toda a dinâmica.



Como o tema era aprendendo a conviver, foram debatidos temas das relações interpessoais com alguns exemplos verídicos que ocorreram com Eurípedes e baseados em conceitos específicos.
Por exemplo, a diferença entre a atitude, comportamento e conduta.

O encontro não foi uma palestra, e sim uma dinâmica, com o objetivo de que todos participassem, contando suas experiências pessoais e criando um clima mais familiar. A dinâmica será explicada a seguir:


Foi distribuída uma folha pequena daquelas que servem para anotar recados rápidos. As pessoas que estavam participando da dinâmica deveriam escrever alguma atitude que repugnavam. Foram listados o orgulho, a prepotência, a mentira. Os participantes deveriam colar esse papelzinho no crachá e encontrar pessoas que colocaram mesma coisa, gerando uma discussão entre os integrantes dos grupos formados, compartilhando suas experiências acerca da atitude escolhida.

Depois os slides continuaram com trechos de diversos livros espíritas, com pensamentos de profunda base de sabedoria e discussões entre os integrantes sobre cada frase que era apresentada.

Um dos pensamentos mais notáveis foi a afirmação de que a sociedade é como as uvas num cacho ou os grãos de areia na praia. Esses objetos não são auto-suficientes isolados. Há uma relação de interdependência entre os “integrantes” de cada “grupo”. Assim são os seres humanos! Um ser criado por Deus para viver em sociedade. Se ficar muito tempo recluso, o homem embrutece, animaliza-se. Trocando experiências, o homem alcança a possibilidade de aprender e evoluir com os diversos acontecimentos que enfrenta nas situações de convivência. E o grande barato é que essa evolução não se dá sozinha: ele aprende bastante, mas as pessoas que convivem com ele também aprendem, e cria-se uma relação na qual ambos evoluem.

O exemplo mais explorado – com bastante descontração – foi o exposto por um dos participantes: ele não suporta que masquem chiclete perto dele. Essa atitude é tão repugnante para ele que ele se vê obrigado a sair do ambiente onde se encontra a pessoa que está mascando chiclete.


O que foi concluído na discussão foi que esse problema vai sempre persegui-lo. Aonde ele for haverá uma pessoa mascando chiclete, para sua infelicidade ou não; afinal, ele poderá se aproveitar dessa situação para aprender algo essencial nas relações com os outros indivíduos da sociedade: a tolerância.

Se não houvesse tolerância, a vida em sociedade seria impossível. Cada um iria fazer o que bem entendesse! E isso iria afastar e segregar, em vez de unificar e aproximar, o que é o ideal.

Chegará o dia em que essa tolerância irá evoluir e nosso amigo não mais se incomodará com o mascador.

Esse exemplo resume grande parte da descontraída reunião.

O final da dinâmica que foi interessantíssimo. Os participantes ganharam outro papel, dessa vez maior, no qual deveriam escrever sua atitude, seu comportamento e sua conduta perante aquilo de repugnante, segundo suas concepções, que haviam escrito no papelzinho de recados.

A atitude foi relacionada com o ideológico (irritação, repugnação, pensamentos desequilibrados), o comportamento foi relacionado com o juízo de positivo ou negativo e a conduta foi relacionada com as atividades práticas (afastamento, discussões, inimizades).

Depois, nesse mesmo papel, as pessoas deveriam escrever aquilo que deveria ser feito, não o que fazem, ou seja, deveria escrever o conjunto de atitude, comportamento e conduta ideais perante situações envolvendo aquilo que estava sendo criticado.

A dinamizadora orientou, então, que todos pegassem suas folhas e fizessem exatamente o que ela fizesse com a que estava na mão dela.

Ela começou abanando, balançando a folha e, enquanto balançava a folha, dizia: “Aqui está representada aquela conduta que mais nos incomoda...”. Depois, começou a amassar: “Mas, amigos, nós temos bastante tempo para corrigir esse problema na nossa convivência. Temos toda essa encarnação...”.

Depois, ela começou a desamassar a folha e voltou a balançá-la: “Agora, depois de um esforço para alcançar a tolerância, percebemos que aquilo que nos incomodava não nos incomoda mais. Aquilo que fazia barulho, agora, não faz mais”. O papel que, quando balançado, produzia barulho, depois de amassado não produzia mais barulho algum. Genial, não?
Ótima metáfora com aquilo que acontece quando o ser humano desenvolve a capacidade de tolerar o que o incomoda nos outros.



É sempre o melhor caminho tentar sanar as dívidas de inimizade com o outro.
Até porque o que critica pode ter praticado aquela ação no passado e ter incomodado muita gente ou, ainda, criticar aquela ação, mas continuar fazendo exatamente o mesmo.

A grande surpresa veio no final, no momento em que a Maggie começou a fazer a prece para encerrar a reunião.
Ela começou agradecendo por tudo. Mas, depois, o discurso mudou um pouco e as palavras pareciam não estar mais sendo formuladas por ela. E isso foi constatado.




Decorrido um tempo, o Espírito que estava se comunicando por intermédio dela se apresentou: Altivo. E isso não é invenção de ninguém, ele mesmo disse quem era: “Do amigo de sempre, Altivo.”

Portanto, amigos, foi essa a dinâmica. Foi uma manhã de grande aquisição de conhecimento, de reflexão, de alegria e de convivência!

Quem quiser fazer o download ou simplesmente reler a mensagem do Espírito Yvonne, recebida no Léon Denis para o Encontro de Eurípedes Barsanulfo, basta acessar este link:


http://www.celd.org.br/arquivos/1984c2c22b6fbf1c4b81e08eb359649c.pdf
Essa mensagem foi lida como texto de abertura do encontro.

Forte abraço a todos!


“Se tiver que amar, ame hoje. Se tiver que sorrir, sorria hoje. Se tiver que chorar, chore hoje. Pois o importante é viver hoje. O ontem já foi e o amanhã talvez não venha.”
(André Luiz)

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