quinta-feira, 31 de março de 2011

Anivesário da FOA

Comemoramos hoje, trinta e um de março, o décimo oitavo aniversário da Fraternidade Oficina do Amor. Foi uma noite repleta de emoção, onde a presença dos amigos do mais alto pôde se sentir no clima de paz, harmonia e alegria que enchia todos os corações.
Logo no início foram homenageadas Helena, Lolô e Maggie, fundadoras da casa, e Adriano, atual Presidente e grande trabalhador.

Após, num tom de descontração e emoção, Maggie partilhou com os presentes um pouco da história da Fraternidade, desde quando era um simples grupo de Culto Cristão no Lar, até a data de hoje, e parte do muito que foi feito.

Ao final da palestra todos foram convidados para um bolo e coquetel comemorando a importante data

Helena, recebendo homenagem da Zélia, grande trabalhadora da casa (grande no entusiasmo, na competência, na amizade....)


Lolô recebendo homenagem da Silyana, responsável pelo Bazar e por algumas broncas aos sábados...


Adriano, Presidente da FOA, sendo homenageado pela Mara


Maggie sendo homenageada pelo Reginaldo.

Em breve publicaremos as fotos tiradas pela Michelle, com um pouco mais de fé as tiradas por ela no Natal, no acampamento, etc...

terça-feira, 29 de março de 2011

A MAIORIDADE DO BEM

“Sonho que se sonha só

É só um sonho que se sonha só

Mas sonho que se sonha junto é realidade”

Prelúdio – Raul Seixas

Esse verso representa a realidade de grandes obras, todos trazem sonhos dentro de si, dos mais diversos matizes e formas, mas enquanto continuam no interior de cada um, enquanto sonhamos de forma isolada não deixam de ser sonho.

Assim também ocorreu com a Fraternidade Oficina do Amor, iniciou como um sonho individual, alimentado e impulsionado por Amigos Espirituais, que pouco a pouco foi sendo partilhado por outras pessoas, que tiveram a coragem de sonharem juntas, de enfrentarem dificuldades, desafios de diversas ordens, tanto material como espiritual, mas que foram dando forma e este sonho.

Outras pessoas mais tarde conheceram este sonho e se apaixonaram por ele, se agregaram e passaram a sonhar junto.

No próximo dia trinta e um, quando a Fraternidade Oficina do Amor completa dezoito anos, já podemos afirmar que não se trata mais de um sonho, que já é uma realidade. E momento oportuno de agradecer. Primeiramente e sempre a Deus, pois sabemos que nada ocorre que não esteja de acordo com Suas Leis, a Jesus, Mestre e Amigo, aos Mentores da casa e todos os Amigos Espirituais que sustentaram e sustentam a FOA e seus trabalhos. Mas também agradecer às pessoas que tiveram a coragem de partilhar este sonho, até que se tornasse realidade, que lutaram, choraram, tiveram anseios e medos, mas que nem por isto abandonaram o sonho.

Que vocês tenham a certeza que com o sonho de vocês alimenta diversos sonhos hoje, o sonho daqueles que buscam um local onde repousar das lutas, um olhar amigo e encontram na FRATERNIDADE o lenitivo necessário; no o sonho daquele que busca se melhorar através do trabalho e lá encontra a OFICINA bendita; e o sonho das crianças que buscam ver um futuro melhor, onde possam aprender a sonhar, a ter esperanças, a aprenderem, não somente as matérias regulares de qualquer escola, mas acima de tudo a tornarem-se melhores enquanto pessoas, enquanto cidadãos, e que aprendem que somente conseguiram através do AMOR.

Parabéns a todos fundadores, trabalhadores e freqüentadores da Fraternidade Oficina do Amor, que o sonho continue sendo sonhado por um número cada vez maior de pessoas.

sexta-feira, 25 de março de 2011

O Principie sensato

Comentavam os apóstolos, entre si, qual a conduta mais aconselhável diante do Todo-
Poderoso, quando o Mestre narrou com brandura:
— Certo rei, senhor de imensos domínios, desejando engrandecer o espírito dos filhos
para conferir-lhes herança condigna, conduziu-os a extenso vale verdoengo e rico de seu enorme
império e confiou a cada um determinada fazenda, que deviam preservar e enriquecer
pelo trabalho incessante. O Pai desejava deles a coroa da compreensão, do amor e da sabedoria,
somente conquistável através da educação e do serviço; e, como devia utilizar material transitório,
deu-lhes tempo marcado para as construções que lhes seriam indispensáveis, mais tarde,
aos serviços de elevação. Assim procedia, porque o vale era sujeito a modificações e chegaria
um momento em que arrasadora tempestade visitaria a região guardando-se em segurança
apenas aqueles que houvessem erguido forte reduto. Assim que o soberano se retirou, os
filhos jovens, seguidos pelas numerosas tribos que os acompanhavam, descansaram, longamente,
deslumbrados com a beleza das planícies banhadas de sol. Quando se levantaram para a
tarefa, entraram em compridas conversações, com respeito às leis de solidariedade, justiça e
defesa, cada qual a exigir especiais deferências dos outros. Quase ninguém cuidava da aplicação
dos regulamentos estabelecidos pelo governo central. Os príncipes e seus afeiçoados, em
maioria, por questões de conforto pessoal, esmeravam-se em procurar recursos sutis com que
pudessem sonegar, sem escândalos visíveis entre si, os princípios a que haviam jurado obediência
e respeito. E tentando enganar o Magnânimo Pai, por meio da bajulação, ao invés de honrá-
lo com o trabalho sadio, internaram-se em complicadas contendas, em torno de problemas
íntimos do soberano.
Gastaram anos a fio, discutindo-lhe a apresentação pessoal. Insistiam alguns que ele revelava
no rosto a brancura do lírio, enquanto outros perseveravam em proclamar-lhe a cor
bronzeada, idêntica à de muitos cativos de Sídon. Muitos afirmavam que ele possuía um corpo
de gigante e não poucos exigiam fosse ele um anjo coroado de estrela.
Ao passo que as rixas verbais se multiplicavam, o tempo ia-se esgotando e os insetos
destruidores, infinitamente reproduzidos, invadiram as terras, aniquilando grande parte dos
recursos preciosos. Detritos desceram de serras próximas e fizeram compacto acervo de monturo
naquelas regiões, enquanto os príncipes levianos, inteiramente distraídos das obrigações
fundamentais que lhes cabiam, se engalfinhavam, a todo instante, a propósito de ninharias.
Houve, porém, um filho bem-avisado que anotou os decretos paternais e cumpriu-os.
Jamais esqueceu os conselhos do rei e, quanto lhe era possível, os estendia aos companheiros
mais próximos. Utilizou grande número de horas que as leis vigentes lhe concediam ao repouso
e construiu sólido abrigo que lhe garantiria a tranqüilidade no futuro, semeando beleza e
alegria em toda a fazenda que o genitor lhe cedera por empréstimo.
E assim, quando a tormenta surgiu, renovadora e violenta, o príncipe sensato que amara
o monarca e servira-o, desvelado e carinhoso, estendendo-lhe as lições libertadoras, pela fraternidade
pura, e cumprindo-lhe a vontade justa e bondosa, pelo trabalho de cada dia, com as
aflições construtivas da alma e com o suor do rosto, foi naturalmente amparado num santuário
de paz e segurança que os seus irmãos discutidores não encontraram.
Doce silêncio pairou na sala singela...
Decorridos alguns minutos, o Mestre fixou os olhos lúcidos na pequena assembléia e
concluiu:
— Quem muito analisa, sem espírito de serviço, pode viciar-se facilmente nos abusos da
palavra, mas ninguém se arrependerá de haver ensinado o bem e trabalhado com as próprias
forças em nome do Pai Celestial, no bendito caminho da vida.

Jesus no Lar
Pelo Espírito de Neio Lúcio, Franciso C Xavier

terça-feira, 22 de março de 2011

Compaixao

Escasseia, na atual conjuntura terrestre, o sentimento da compaixão. Habituando-se aos próprios problemas e aflições, o homem passa a não perceber os sofrimentos do seu próximo.

Mergulhado nas suas necessidades, fica alheio às do seu irmão, às vezes, resguardando-se numa couraça de indiferença, a fim de poupar-se a maior soma de dores.

Deixando de interessar-se pelos outros, estes esquecem-se dele, e a vida social não vai além das superficialidades imediatistas, insignificantes.

Empedernindo o sentimento da compaixão, a criatura avança para a impiedade e até para o crime.

Olvida-se da gratidão aos pais e aos benfeitores, tornando-se de feitio soberbo, no qual a presunção domina com arbitrariedade.

Movimentando-se, na multidão, o indivíduo que foge da compaixão, distancia-se de todos, pensando e vivendo exclusivamente para o seu ego e para os seus. No entanto, sem um relacionamento salutar, que favorece a alegria e a amizade, os sentimentos se deterioram, e os objetivos da vida perdem a sua alta significação tornando-se mais estreitos e egotistas.

A compaixão é uma ponte de mão dupla, propiciando o sentimento que avança em socorro e o que retorna em aflição.

É o primeiro passo para a vigência ativa das virtudes morais, abrindo espaços para a paz e o bem-estar pessoal.

O individualismo é-lhe a grande barreira, face a sua programação doentia, estabelecida nas bases do egocentrismo, que impede o desenvolvimento das colossais potencialidades da vida, jacentes em todos os indivíduos.

A compaixão auxilia o equilíbrio psicológico, por fazer que se reflexione em torno das ocorrências que atingem a todos os transeuntes da experiência humana.

É possível que esse sentimento não resolva grandes problemas, nem execute excelentes programas. Não obstante, o simples desejo de auxiliar os outros proporciona saudáveis disposições físicas e mentais, que se transformarão em recursos de socorro nas próximas oportunidades.

Mediante o hábito da compaixão, o homem aprende a sacrificar os sentimentos inferiores e a abrir o coração.

Pouco importa se o outro, o beneficiado pela compaixão, não o valoriza, nem a reconheça ou sequer venha a identificá-la. O essencial é o sentimento de edificação, o júbilo da realização por menor que seja, naquele que a experimenta.

Expandir esse sentimento é dar significação à vida.

A compaixão está cima da emotividade desequilibrada e vazia. Ela age, enquanto a outra lamenta; realiza o socorro, na razão em que a última apenas se apiada.

Quando se é capaz de participar dos sofrimentos alheios, os próprios não parecem tão importantes e significativos.

Repartindo a atenção com os demais, desaparece o tempo vazio para as lamentações pessoais.

Graças à compaixão, o poder de destruição humana cede lugar aos anseios da harmonia e de beleza na Terra.

Desenvolve esse sentimento de compaixão para com o teu próximo, o mundo, e, compadecendo-te das suas limitações e deficiências, cresce em ação no rumo do Grande Poder.

* * *

Divaldo P. Franco. Da obra: Responsabilidade.
Ditado pelo Espírito Joanna de Ângelis.

segunda-feira, 21 de março de 2011

Do Auxilio espontâneo: Algo mais

Meimei
Um crente sincero na Bondade do Céu, desejando aprender como colaborar na
construção do Reino de Deus, pediu, certo dia, ao Senhor a graça de compreender os
Propósitos Divinos e saiu para o campo.
De início, encontrou-se com o Vento que cantava e o Vento lhe disse:
- Deus mandou que eu ajudasse as sementeiras e varresse os caminhos, mas eu
gosto também de cantar, embalando os doentes e as criancinhas.
Em seguida, o devoto surpreendeu uma Flor lhe contou:
- Minha missão é preparar o fruto; entretanto, produzo também o aroma que
perfuma até mesmo os lugares mais impuros.
Logo após, o homem estacou ao pé de grande Árvore, que protegia um poço
d’água, cheio de rãs, e a Árvore lhe falou:
- Confiou-me o Senhor a tarefa de auxiliar o homem; contudo, creio que devo
amparar igualmente as fontes, os pássaros e os animais.
O visitante fixou os feios batráquios e fez um gesto de repulsa, mas Árvore
continuou:
- Estas rãs são boas amigas, hoje posso ajudá-las, mas depois serei ajudada por
elas, na defesa de minhas próprias raízes, contra os vermes da destruição e da morte.
O devoto compreendeu o ensinamento e seguiu adiante, atingindo uma grande
cerâmica.
Acariciou o Barro que estava sobre a mesa e o Barro lhe disse:
- Meu trabalho é o de garantir o solo firme, mas obedeço ao oleiro e procuro
ajudar na residência do homem, dando forma a tijolos, telhas e vasos.
Então, o devoto regressou ao lar e compreendeu que para servir na edificação
do Reino de Deus é preciso ajudar aos outros, sempre mais, e realizar, cada dia, algo
mais do que seja justo fazer.
-*-
Os homens fazem os votos
Usando verbo incomum.
Deus prova pelo serviço
O valor de cada um.

Benedito Candelária Irmão
-*-
A ventura se concebe
Só pelo câmbio do bem,
Quanto mais dá mais recebe,
quanto mais serve mais tem.

José Albano

Do livro:

IDEIAS E
ILUSTRAÇÕES
FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER
Ditados por
Espíritos Diversos

sexta-feira, 18 de março de 2011

Correta Visão da Vida

Quando a criatura se resolve por diluir o véu da ignorância, que encobre a realidade da vida espiritual, começa a libertar-se da mais grave cegueira, que é a propiciada pela vontade.

Cegos não são apenas aqueles que deixaram de enxergar; senão todos quantos se recusam a ver, sendo piores os que fogem das evidências a fim de permanecerem na escuridão.

A vida, por sua própria gênese, é de origem metafísica, possuindo as raízes poderosamente fincadas no mundo transcendental, que é o causal. Expressando-se na condensação da energia, que se apresenta em forma objetiva, não perde o seu caráter espiritual; elo contrário, vitaliza-se por seu intermédio.

Quando a consciência acorda e as interrogações surgem, aguardando respostas, as contingências do prazer fugaz e sem sentido cedem lugar a necessidades legítimas, que são as responsáveis pela estruturação do ser profundo, portanto, imortal.

Simultaneamente, os valores éticos se alteram, surgindo novos conceitos e aspirações em favor dos bens duradouros, que são indestrutíveis, e passíveis de incessantes transformações para melhor, na criatura.

Desperta-se-lhe então a responsabilidade, e a visão otimista do progresso assenhoreia-se de sua mente, estimulando-a a crescer sem cessar. A sensibilidade se lhe aprimora e seu campo de emoções alarga-se, enriquecendo-se de sentimentos nobres, que superam as antigas manifestações inferiores, tais o azedume, a raiva, o ressentimento, a amargura, a insatisfação...

Porque suas metas são mediatas, a confiança aumenta em torno da Divindade e as realizações fazem-se primorosas, conquistando sabedoria e amor, de que se exorna a fim de sentir-se feliz.

*

Quando a criatura se encontra com a realidade espiritual, toda uma revolução se lhe opera no mundo interior.

Dulcifica-se o seu modo de ser e torna-se afável.

Tranqüiliza-se ante quaisquer acontecimentos, mesmo os mais desgastantes, porque sabe das causalidades que elucidam todos os efeitos.

Nunca desanima, porque suas realizações não aguardam apoio ou recompensas imediatas.

Identifica no serviço do bem os instrumentos para conseguir a perfeita afinidade com o amor, e doa-se.

Na meditação em torno dos desafios existenciais ilumina-se, crescendo interiormente, sem perigo de retrocesso ou parada.

Descobre no século os motivos próprios para a evolução e enfrenta-os com alegria, dando-se conta que viver, no mundo, é aprender sempre, utilizando com propriedade cada minuto e acontecimento do cotidiano.

Usa as bênçãos da vida, porém, não abusa, de cada experiência retirando lições que incorpora às aquisições permanentes.

Acalma as ansiedades do sentimento, por compreender que tudo tem seu momento próprio para acontece; e somente sucede aquilo que se encontra incurso no processo da evolução.

Aprende a silenciar, eliminando palavras excessivas na conversação, e, logrando equilíbrio mental, produz o silêncio mais importante.

Solidário em todas as circunstâncias, não se precipita, nem recua.

Conquista a paz e torna-se irmão de todos.

*

Quando a criatura compreende que se encontra na Terra em trânsito, realizando um programa que se estenderá além do corpo, na vida espiritual, realiza o auto-encontro, e, mesmo quando experimenta o fenômeno da morte, defronta a vida sem sofrer qualquer perturbação ou surpresa, mergulhando na Amorosa Consciência Cósmica.

*

Certamente, pensando em tal realidade, propôs Jesus. - Busca primeiro o Reino de Deus e Sua justiça, e tudo mais te será acrescentado.

Despertar para a vida é imperativo de urgência, que não podes desconsiderar.

* * *

Franco, Divaldo Pereira. Da obra: Momentos Enriquecedores.
Ditado pelo Espírito Joanna de Ângelis.
Salvador, BA: LEAL, 1994.

quinta-feira, 17 de março de 2011

Da Renuncia : A única dádiva


Irmão X
Consta-se que Simão Pedro estava cansado, depois de vinte dias junto do povo.
Banhara ferimentos, alimentara mulheres e crianças esquálidas, e, em vez de
receber a aprovação do povo, recolhia insultos velados, aqui e ali...
Após três semanas consecutivas de luta, fatigara-se e preferira isolar-se entre
alcaparreiras amigas.
Por isso mesmo, no crepúsculo anilado, estava, ele só, diante das águas, a
refletir...
Aproxima-se alguém, contudo...
Por mais busque esconder-se, sente-se procurado.
É o próprio Cristo.
- Que fazeis, Pedro? – diz-lhe o Senhor.
- Penso, Mestre.
E o diálogo prolongou-se.
- Estás triste?
- Muito triste.
- Por quê?
- Chamam-me ladrão.
- Mas se a consciência te não acusa, que tem isso?
- Sinto-me desditoso: Em nome do amor que me ensinas, alivio os enfermos e
ajudo aos necessitados. Entretanto, injuriam-me. Dizem por aí que furto, que exploro a
confiança do povo... Ainda ontem, distribuía os velhos mantos que nos foram cedidos
pela casa de Carpo, entre os doentes chegados de Jope. Alegou alguém,
inconsideradamente, que surrupiei a maior parte. Estou exausto, Mestre. Vinte dias de
multidão pesam muito mais que vinte anos de serviço na barca.
- Pedro, que deste aos necessitados nestes últimos vintes dias?
- Moedas, túnicas, mantos, ungüentos, trigo, peixe...
- De onde chegaram as moedas?
- Das mãos de Joana, a mulher de Cusa.
- As "túnicas"?
- Da casa de Zobalan, o curtidor.
- Os mantos?
- Da residência de Carpo, o romano que decidiu amparar-nos.
- Os ungüentos?
- Do lar de Zebebeu, que os fabrica.
- O trigo?
- Da seara de Zaqueu, que se lembra de nós.
- E os peixes?
- Da nossa pesca.
- Então, Pedro?
- Que devo entender, Senhor?
- Que apenas entregamos aquilo que nos foi ofertado para distribuirmos, em
favor dos que necessitam. A Divina Bondade conjuga as circunstâncias e confia-nos de
um modo ou de outro os elementos que devamos movimentar nas obras do bem...
Disseste servir em nome do amor...
18
- Sim, Mestre...
- Recorda, então, que o amor não relaciona calúnias, nem conta sarcasmos.
O discípulo, entremostrando súbita renovação mental, não respondeu.
Jesus abraçou-o e disse:
- Pedro, todos os bens da vida podem ser transmitidos de sítio a sítio e de mão
em mão... Ninguém pode dar, em essência, esse ou aquele patrimônio do mundo, senão
o próprio Criador, que nos empresta os recursos por Ele gerados na Criação... E, se algo
podemos dar de nós, o amor é a única dádiva que podemos fazer, sofrendo e
renunciando por amor...
O apóstolo compreendeu e beijou as mãos que o tocavam de leve.
Em seguida, puseram-se ambos a falar alegremente sobre as tarefas esperadas
para o dia seguinte.
-*-
Um gesto de caridade,
Na dor de momento incerto,
Recorda a bênção do orvalho
amenizando o deserto.
Eugênio Rubião
-*-
O ponto alto do amor
Em tudo se mostra nisso:
Entendimento e bondade
Com tradução em serviço.
Álvaro Novaes
-*-
Benfeitor – é o que ajuda e passa.
Amigo – é o que ampara em silêncio.
André Luiz

Do livro:

IDEIAS E
ILUSTRAÇÕES
FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER
Ditados por
Espíritos Diversos

caminhada ecológica

Em função do mal tempo, a caminhada ecológica que seria realizada no próximo dia 20 de março foi adiada, em breve confirmaremos a nova data.

terça-feira, 15 de março de 2011

Caminhada ecológica

No próximo dia vinte, domingo, a Mocidade Espírita Professor Leopoldo Machado realizará mais um caminhada ecológica no Parque Municipal de Nova Iguaçu. No local contamos com trilhas, cachoeiras e muito contato com a natureza. Oportunidade perfeita para adorarmos o Criador através da criação...
Saída as sete horas e trinta minutos da Fraternidade Oficina do Amor, esperamos a participação de todos.

quarta-feira, 9 de março de 2011

O Mensageiro do Amor


Falava-se na reunião, com respeito à preponderância dos sábios na Terra, quando Jesus
tomou a palavra e contou, sereno e simples:
— Há muitos anos, quando o mundo perigava em calamitosa crise de ignorância e perversidade,
o Poderoso pai enviou-lhe um mensageiro da ciência, com a missão de entregar-lhe
gloriosa mensagem de vida eterna. Tomando forma, nos círculos da carne, o esclarecido obreiro
fez-se professor e, sumamente interessado em letras, apaixonou-se exclusivamente pelas
obras da inteligência, afastando-se, enojado, da multidão inconsciente e declarando que vivia
numa vanguarda luminosa, inacessível à compreensão das pessoas comuns. Observando-o incapaz
de atender aos compromissos assumidos, o Senhor Compassivo providenciou a viagem
de outro portador da ciência que, decorrido algum tempo, se transformou em médico admirado.
O novo arauto da Providência refugiou-se numa sala de ervas e beberagens, interessandose
tão somente pelo contacto com enfermos importantes, habilitados à concessão de grandes
recompensas, afirmando que a plebe era demasiado mesquinha para cativar-lhe a atenção. O
Todo-Bondoso determinou, então, a vinda de outro emissário da ciência, que se converteu em
guerreiro célebre. Usou a espada do cálculo com mestria, pôs-se à ilharga de homens astuciosos
e vingativos e, afastando-se dos humildes e dos pobres, afirmava que a única finalidade do
povo era a de salientar a glória dos dominadores sanguinolentos. Contristado com tanto insucesso,
o Senhor Supremo expediu outro missionário da ciência, que, em breve, se fez primoroso
artista. Isolou-se nos salões ricos e fartos, compondo música que embriagasse de prazer o
coração dos homens provisoriamente felizes e afiançou que o populacho não lhe seduzia a sensibilidade
que ele mesmo acreditava excessivamente avançada para o seu tempo.
Foi, então, que o Excelso Pai, preocupado com tantas negações, ordenou a vinda de um
mensageiro de amor aos homens.
Esse outro enviado enxergou todos os quadros da Terra, com imensa piedade. Compadeceu-
se do professor, do médico, do guerreiro e do artista, tanto quanto se comoveu ante a
desventura e a selvageria da multidão e, decidido a trabalhar em nome de Deus, transformouse
no servo diligente de todos. Passou a agir em benefício geral e, identificado com o povo a
que viera servir, sabia desculpar infinitamente e repetir mil vezes o mesmo esforço ou a mesma
lição. Se era humilhado ou perseguido, buscava compreender na ofensa um desafio benéfico à
sua capacidade de desdobrar-se na ação regeneradora, para testemunhar reconhecimento à
confiança do Pai que o enviara. Por amar sem reservas os seus irmãos de luta, em muitas situações
foi compelido a orar e pedir o socorro do Céu, perante as garras da calúnia e do sarcasmo;
entretanto, entendia, nas mais baixas manifestações da natureza humana, dobrados motivos
para consagrar-se, com mais calor, à melhoria dos companheiros animalizados, que ainda
desconheciam a grandeza e a sublimidade do Pai Benevolente que lhes dera o ser.
Foi assim, fazendo-se o último de todos, que conseguiu acender a luz da fé renovadora e
da bondade pura no coração das criaturas terrestres, elevando-as a mais alto nível, com plena
vitória na divina missão de que fora investido.
Houve ligeira pausa na palavra doce do Messias e, ante a quietude que se fizera espontânea
no ruidoso ambiente de minutos antes, concluiu ele, com expressivo acento na voz:
— Cultura e santificação representam forças inseparáveis da glória espiritual. A sabedoria
e o amor são as duas asas dos anjos que alcançaram o Trono Divino, mas, em toda parte,
quem ama segue à frente daquele que simplesmente sabe.

Do livro Jesus no Lar. Pelo Espírito de Neio Lúcio. Psicografia Franciso C Xavier

terça-feira, 8 de março de 2011

Nenhum espírito equilibrado em face do bom senso, que deve presidir a existência das criaturas, pode fazer a apologia da loucura generalizada que adormece as consciências, nas festas carnavalescas.



É lamentável que, na época atual, quando os conhecimentos novos felicitam a mentalidade humana, fornecendo-lhe a chave maravilhosa dos seus elevados destinos, descerrando-lhe as belezas e os objetivos sagrados da Vida, se verifiquem excessos dessa natureza entre as sociedades que se pavoneiam com o título de civilização. Enquanto os trabalhos e as dores abençoadas, geralmente incompreendidos pelos homens, lhes burilam o caráter e os sentimentos, prodigalizando-lhes os benefícios inapreciáveis do progresso espiritual, a licenciosidade desses dias prejudiciais opera, nas almas indecisas e necessitadas do amparo moral dos outros espíritos mais esclarecidos, a revivescência de animalidades que só os longos aprendizados fazem desaparecer.


Há nesses momentos de indisciplina sentimental o largo acesso das forças da treva nos corações e, às vezes, toda uma existência não basta para realizar os reparos precisos de uma hora de insânia e de esquecimento do dever.



Enquanto há miseráveis que estendem as mãos súplices, cheios de necessidade e de fome, sobram as fartas contribuições para que os salões se enfeitem e se intensifiquem o olvido de obrigações sagradas por parte das almas cuja evolução depende do cumprimento austero dos deveres sociais e divinos.



Ação altamente meritória seria a de empregar todas as verbas consumidas em semelhantes festejos, na assistência social aos necessitados de um pão e de um carinho.



Ao lado dos mascarados da pseudo-alegria, passam os leprosos, os cegos, as crianças abandonadas, as mães aflitas e sofredoras. Por que protelar essa ação necessária das forças conjuntas dos que se preocupam com os problemas nobres da vida, a fim de que se transforme o supérfluo na migalha abençoada de pão e de carinho que será a esperança dos que choram e sofrem? Que os nossos irmãos espíritas compreendam semelhantes objetivos de nossas despretensiosas opiniões, colaborando conosco, dentro das suas possibilidades, para que possamos reconstruir e reedificar os costumes para o bem de todas as almas.



É incontestável que a sociedade pode, com o seu livre-arbítrio coletivo, exibir superfluidades e luxos nababescos, mas, enquanto houver um mendigo abandonado junto de seu fastígio e de sua grandeza, ela só poderá fornecer com isso um eloqüente atestado de sua miséria moral.



Emmanuel
Psicografado pelo médium Francisco Cândido Xavier em Julho de 1939 / Revista Internacional de Espiritismo, Janeiro de 2001.


terça-feira, 1 de março de 2011

DA FÉ: A SALVAÇÃO INESPERADA

Meimei
Num país europeu, certa tarde, muito chuvosa, um maquinista, cheio de fé em
Deus, começando a acionar a locomotiva com o trem repleto de passageiros para a longa
viagem, fixou o céu escuro e repetiu, com muito sentimento, a oração dominical.
O comboio percorrei léguas e léguas, dentro das trevas densas, quando, alta
noite, ele viu, à luz do farol aceso, alguns sinais que lhe pareceram feitos pela sombra de
dois braços angustiados a lhe pedirem atenção e socorro.
Emocionado, fez o trem parar, de repente, e, seguido de muitos viajantes,
correu pelos trilhos de ferro, procurando verificar se estavam ameaçados de algum
perigo.
Depois de alguns passos, foram surpreendidos por gigantesca inundação que,
invadindo a terra com violência, destruíra a ponte que o comboio deveria atravessar.
O trem fora salvo, milagrosamente.
Tomados de infinita alegria, o maquinista e os viajores procuraram a pessoa que
lhes fornecera o aviso salvador, mas ninguém aparecia. Intrigados, continuaram na
busca, quando encontraram no chão um grande morcego agonizante. O enorme voador
batera as asas, à frente do farol, em forma de dois braços agitados e caíra sob as
engrenagens. O maquinista retirou-o com cuidado e carinho, mostrou-o aos passageiros
assombrados e contou como orara, ardentemente, invocando a proteção de Deus, antes
de partir. E, ali mesmo, ajoelhou-se, ante o morcego que acabava de morrer,
exclamando em alta voz:
- Pai Nosso, que estás no céu, santificado seja o teu nome, venha a nós o teu
reino, seja feita a tua vontade, assim na Terra como no céu; o pão nosso de cada dia dános
hoje perdoa as nossa dívidas, assim como perdoamos aos nossos devedores, não nos
deixes cair em tentação e livra-nos do mal, porque teu é o reino, o poder e glória para
sempre. Assim seja.
Quando acabou de orar, grande quietude reinava na paisagem.
Todos os passageiros, crentes e descrentes, estavam também ajoelhados,
repetindo a prece com amoroso respeito. Alguns choravam de emoção e reconhecimento,
agradecendo ao Pai Celestial, que lhes salvara a vida, por intermédio de um animal que
infunde tanto pavor às criaturas humanas. E até a chuva parara de cair, como se o céu
silencioso estivesse igualmente acompanhando a sublime oração.
-*-
Nunca te percas da fé,
Mesmo largado sozinho.
Quem se desvia de Deus
Não acha o próprio caminho.
Artur Candal
-*-
Deus tinge de verde a erva,
Mostrando um toda a extensão
Que nunca falta esperança
Para os caídos no chão!...
Alfredo Souza
-*-
A oração é a nossa escada de intercâmbio com o céu.
João Bosco


Do livro:
IDEIAS E
ILUSTRAÇÕES
FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER
Ditados por
Espíritos Diversos