terça-feira, 14 de agosto de 2012

A CARIDADE E A ORAÇÃO


“O Centro Espírita Luiz Gonzaga” ia seguindo para a frente... Certa feita, 

alguns populares chegaram à reunião pedindo socorro para um cego 

acidentado. 

O pobre mendigo, mal guiado por um companheiro ébrio, caíra sob o 

viaduto da Central do Brasil, na saída de Pedro Leopoldo para Matozinhos, 

precipitando-se ao solo, de uma altura de quatro metros. 

O guia desaparecera e o cego vertia sangue pela boca. 

       Sozinho, sem ninguém... 

       Chico alugou pequeno pardieiro, onde o enfermo foi asilado para 

tratamento médico. 

       Curioso facultativo receitou, graciosamente.

       Mas o velhinho precisava de enfermagem. 

       O médium velava junto dele à noite, mas durante o dia precisava atender 

às próprias obrigações na condição de caixeiro do Sr. José Felizardo. 

       Havia, por essa época, 1928, uma pequena folha semanal, em Pedro 

Leopoldo. 

       E Chico providenciou para que fosse publicada uma solicitação, rogando o 

concurso de alguém que pudesse prestar serviços ao cego Cecílio, durante o 

dia, porque à noite, ele próprio se responsabilizaria pelo doente. 

       Alguém que pudesse ajudar. 

       Não importava que o auxílio viesse de espíritas, católicos ou ateus. 

       Seis dias se passaram sem que ninguém se oferecesse. 

       Ao fim da semana, porém, duas meretrizes muito conhecidas na cidade se 

apresentaram e disseram-lhe: 

       — Chico, lemos o pedido e aqui estamos. Se pudermos servir... 

       — Ah! como não? — replicou o médium — Entrem, irmãs! Jesus há de 

abençoar-lhes a caridade. 

       Todas as noites, antes de sair, as mulheres oravam com o Chico, ao pé do 

enfermo. 

       Decorrido um mês, quando o cego se restabeleceu, reuniram-se pela 

derradeira vez, em prece, com o velhinho feliz. 

       Quando o Chico terminou a oração de agradecimento a Jesus, os quatro 

choravam. 

       Então, uma delas disse ao médium: 

       — Chico, a prece modificou a nossa vida. Estamos a despedir-nos. 

Mudamo-nos para Belo Horizonte, a fim de trabalhar.

       E uma passou a servir numa tinturaria, desencarnando anos depois e a 

outra conquistou o título de enfermeira, vivendo, ainda hoje, respeitada e feliz. 


LINDOS CASOS DE CHICO XAVIER 
Ramiro Gama 

No dia 26 de agosto, ocorrerá na FOA o encontro sobre Chico Xavier, com início às 08:30 hs, compareçam.

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